Segurança pública tem verbas disponíveis, afirma Dyogo Oliveira

SEGURANÇA-PÚBLICA-BNDES

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 09/04/2018 às 15:22 | Atualizado em: 09/04/2018 às 15:22

A área da segurança pública do país já tem disponíveis R$ 42 bilhões, anunciados em março pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Defesa Raul Jungmann.

O novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira (na foto, à esquerda no púlpito), disse, nesta segunda-feira (9), no Rio de Janeiro, que o dinheiro reservado para financiar projetos de segurança pública de estados e municípios está disponível, mas depende da capacidade de endividamento de cada um que apresentar propostas.

Ex-ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira tomou posse nesta segunda-feira.

O ex-presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, entregou o cargo para disputar as eleições em outubro.

O presidente Michel Temer participou da solenidade.

“O recurso já está disponível. A nossa previsão era colocar R$ 5 bilhões até o fim do ano, e nos outros anos subsequentes aumentar um pouco”, disse ele.

“Isso [o valor dos empréstimos] depende da capacidade de financiamento de cada ente. Não tem uma divisão prévia [de quanto será emprestado a cada estado e município]”.

 

Segurança social

Dyogo Oliveira defendeu que o banco seja mais forte em ações de infraestrutura social, em projetos de áreas como segurança, educação e saneamento.

Além disso, ele disse acreditar que o BNDES precisa se aproximar dos clientes e aumentar a agilidade de seus processos.

“Na era dos juros baixos, o papel do BNDES é diferente. O diferencial de taxa de juros não é tão relevante. Uma coisa é ter uma Selic de 20%, de 30%, e o BNDES emprestar a 8% ou 9%. Outra coisa é ter uma Selic de 6% e o BNDES emprestar a 5%. Esse diferencial não é tão expressivo e o que é mais importante é a agilidade de resolver, decidir e implementar as coisas. Uma empresa vai preferir tomar um empréstimo um por cento mais caro e que sai mais rápido”, disse.

 

Juros

Nesse sentido, ele acredita que o caminho é uma digitalização cada vez maior dos serviços e processos do banco e uma ação propositiva visando buscar empresas que tenham potencial para ser incentivadas.

“De início, estou mantendo o planejamento estratégico que foi feito e fazendo uma revisão. Desse processo de revisão é que sairão novas metas, novas diretrizes e um novo direcionamento do banco”, afirmou o novo presidente, que também manteve os diretores da gestão anterior até que seja feita uma avaliação detalhada da estrutura do banco.

 

Foto: Tânia Rêgo/EBC