Defesa de Melo e Edilene corre atrás de bem para garantir soltura hoje

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 18/04/2018 às 07:39 | Atualizado em: 18/04/2018 às 09:43
Com os bens bloqueados pela Justiça, a defesa do ex-governador José Melo e de sua mulher Edilene Oliveira busca desde esta terça, dia 17, um bem patrimonial que possa ser apresentado judicialmente como garantia da fiança arbitrada pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1) no julgamento do pedido de habeas corpus.
O advogado Osmar Tognolo, ex-desembargador do TRF, foi quem atuou na defesa de Melo em Brasília para obtenção do habeas corpus parcial.
Essa é a única condição que falta para que Melo e Edilene deixem a prisão em regime fechado do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Manaus, onde estão desde o final de dezembro de 2017.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), até o início da manhã desta quarta, dia 18, ainda não havia recebido da Justiça a ordem de soltura do casal.
A fiança arbitrada individualmente é de 200 salários mínimos, que dá pouco mais de R$ 190 mil.
Ex-secretários do governo de Melo, Afonso Lobo, Pedro Elias e Evandro Melo também esperam obter a extensão do benefício desse habeas corpus concedido ao ex-governador e sua esposa.
Segundo disse o advogado do casal no Amazonas, José Carlos Cavalcanti Júnior, nesta terça, Melo e Edilene devem usar tornozeleira eletrônica, com recolhimento domiciliar noturno.
O ex-chefe do Executivo, a ex-primeira-dama do estado e ex-secretários do governo são indiciados em crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. As prisões decorreram de investigações na operação Maus Caminhos, e seus desdobramentos Custo Político e Estado de Emergência.
A denúncia principal é de desvio de mais de R$ 100 milhões de verbas da saúde pública do Amazonas.
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Foto: BNC Amazonas