Cartel do combustível leva 28 donos de postos a virar réus na Justiça

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 31/07/2018 às 12:44 | Atualizado em: 31/07/2018 às 12:44
A Justiça recebeu denúncia contra 28 acusados de participação no esquema de cartel de postos de combustível no Distrito Federal, que viraram réus por crimes contra a ordem econômica e organização criminosa.
O grupo foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, após quase três anos de investigação. A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens dos acusados no valor de R$ 800 milhões.
O aprofundamento das investigações ocorreu depois que empresários da Rede Cascol, a maior do DF, firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público. Os donos e funcionários do grupo entregaram detalhes do esquema de cartel.
O promotor Pedro Dumans, coordenador do Gaeco, explicou que o acordo foi importante para esclarecer a forma de atuação do grupo criminoso. “As informações fornecidas por donos da rede permitiram conhecer meandros da atuação e a forma de comunicação e de ajuste de preços”.
Anos de investigação conjunta
A investigação de cartel ocorreu de forma conjunta com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica e com a Polícia Federal. Além de redes investigadas durante a primeira etapa da operação Dubai, em 2015, novas empresas e distribuidoras foram denunciadas pelo MP.
O delegado da Polícia Federal João Thiago Pinho, que atuou nas investigações, contou que, além de depoimentos de acusados e de testemunhas, houve interceptação telefônica e de e-mails.
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Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas