O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), voltou a fazer uma análise crítica e negativa da performance da candidatura do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Nesta sexta, dia 21, afirmou que havia avisado que com o governador paulista o partido não iria ao segundo turno das eleições a presidente da República e que corre sério risco de se tornar uma legenda periférica.
Arthur, que foi limado pela cúpula nacional tucana liderada por Alckmin de disputar as prévias para indicação do candidato a presidente, comentou que carta recente do presidente de honra do PSDB, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, chegou fora de hora.
“O ex-presidente Fernando Henrique propõe uma coisa boa, uma proposta justa, mas me parece um pouco fora de época. O centro não decolou com o Geraldo. Eu disse que ele não iria para o segundo turno. O partido está se tornando um partido periférico, de pouca relevância”, afirmou.
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Carta criou desconforto
A carta de FHC, divulgada nesta semana, pede união dos candidatos de centro na reta final da eleição . O efeito foi criar desconforto na fraca campanha tucana. Não empolgou nem mesmo Alckmin.
Com estagnação de Alckmin nas pesquisas, os partidos que formam a aliança em torno dele já começam a discutir nos bastidores os caminhos a tomar, e os líderes destes partidos devem se dividir entre apoios a Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), caso a projeção atual para o segundo turno se confirme.
Partidos com PP e PR já fazem campanha para Haddad e Bolsonaro nos estados.
O próprio presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), está em campanha ao lado do governador Wellington Piauí (PT). No Rio Grande do Sul, o candidato ao Senado do partido, Luís Carlos Heinze, e o ex-governador Jair Soares declararam oficialmente apoio a Bolsonaro, aumentando o racha no PP gaúcho, que indicou a senadora Ana Amélia (RS) para ser vice na chapa tucana.
A matéria é de O Globo .
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Foto: BNC Amazonas