Vice da chapa do senador Omar Aziz (PSD) ao Governo do Amazonas que não passou para o segundo turno, o deputado federal Arthur Bisneto, presidente regional do PSDB, disse nesta terça, dia 16, que vai avaliar nos próximos quatro anos se continuará na vida política.
A informação foi distribuída no fim da noite de ontem por sua assessoria de comunicação.
“Eu confesso que tenho os próximos quatro anos para tomar decisões sobre o meu futuro político, se haverá continuidade ou não. Tenho um amor pelo Amazonas do tamanho da própria dimensão do meu estado e faria de tudo para que o meu estado fosse mais rico, com uma divisão social menor, um estado que desse condições melhores de vida para sua população”, discursou.
O discurso foi feito à tarde da tribuna da Câmara dos Deputados, onde tratou pela primeira vez, publicamente, da derrota de seu grupo no Amazonas, considerada pelo parlamentar como “diferente e enriquecedora”.
“A derrota é uma coisa extremamente diferente, e eu digo a vocês, muito mais enriquecedora para nós. A derrota nos ensina que nós cometemos erros, erros esses que para quem quer continuar na vida pública, para quem vive de forma correta, erros que têm que ser corrigidos, para que uma vida pública se leve adiante”.
Cenário nacional
Bisneto também avaliou, da tribuna, o desempenho de seu partido nas eleições deste ano. Ele disse que o PSDB foi um derrotado.
“É um derrotado, porque ele se perdeu no meio de uma história construída na base sólida da honestidade, de nomes de pessoas cultas, de pessoas preparadas, de pessoas que ajudam a construir economicamente este país. De pessoas que resolveram problemas deste país na área social, que foram unificados depois”, afirmou.
Em seu discurso, o tucano diz que uma das razões pelas quais o partido teve um resultado ruim nas urnas foi a dificuldade do partido em tratar questões éticas e suas disputas internas.
Os resultados das eleições deste ano não foram favoráveis ao PSDB. Pela primeira vez, desde 2002, a legenda está fora do segundo turno das eleições presidenciais.
O deputado avalia que este é um momento para o partido repensar, mudar e voltar a ser uma sigla que passe confiança à população brasileira.
“O partido nos últimos anos meio que deixou de lado essa tranquilidade que a população brasileira tinha em olhar para os seus quadros e ver ali pessoas, reservas éticas, garantias que o PSDB demonstrava para a população brasileira. O PSDB em si entrou numa bolha e se transformou em algo que ele combateu a vida inteira, que foi o desprendimento. O PSDB se transformou num partido pequeno, que caiu no jogo da Presidência da República, um partido que se apequenou no trabalho”, afirmou.
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