TRF-4 nega recursos de Lula em caso do terreno de instituto

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 08/11/2018 ร s 19:24 | Atualizado em: 08/11/2018 ร s 19:24
O Tribunal Federal Regional da 4ยช Regiรฃo (TRF-4) negou, nesta quarta-feira (7), dois recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inรกcio Lula da Silva na aรงรฃo que investiga se houve irregularidades na compra de um terreno para a construรงรฃo de uma sede do Instituto Lula.
Os pedidos, denominados โagravos regimentaisโ, tinham como objetivo solicitar uma reavaliaรงรฃo de dois habeas corpus pedidos pela defesa e negados pelo desembargador Joรฃo Pedro Gebran Neto. A decisรฃo foi divulgada nesta quinta (8) e compartilhada pela Agรชncia Brasil.
Um dos habeas corpus tinha como objetivo suspender a aรงรฃo em que Lula รฉ investigado por supostas vantagens, como a compra de um terreno para o Instituto Lula, em troca de benefรญcios ao grupo Odebrecht em diversas contrataรงรตes da Petrobrรกs.
A defesa requereu que o processo sรณ andasse apรณs o pronunciamento do Comitรช de Direitos Humanos da Organizaรงรฃo das Naรงรตes Unidas.
A defesa tambรฉm defendeu que sua posiรงรฃo pudesse ser colocada depois das alegaรงรตes dos rรฉus que decidiram fazer delaรงรตes e pediu que fosse retirado do processo o termo de colaboraรงรฃo do ex-ministro Antรดnio Palocci.
Gebran rejeita
O desembargador Joรฃo Pedro Gebran Neto avaliou que nรฃo havia precedente deste tipo de suspensรฃo.
O recurso ao Comitรช de Direitos Humanos da ONU deveria ocorrer apรณs a defesa recorrer a todas as instรขncias judiciรกrias, inclusive os tribunais superiores, o que ainda nรฃo ocorreu.
Neto tambรฉm nรฃo concedeu o pedido de apresentaรงรฃo das alegaรงรตes depois dos colaboradores por considerar que nรฃo hรก ilegalidade na ordem definida.
Jรก a retirada dos autos do termo de colaboraรงรฃo de Palocci nรฃo seria necessรกria, uma vez que estes nรฃo sรฃo uma prova isolada.
O desembargador acrescentou que o ex-ministro foi interrogado dentro da prรณpria aรงรฃo penal.
O segundo habeas corpus negado questionava perรญcia feita pela Polรญcia Federal sobre o esquema de pagamentos da Odebrecht que teria sido usado para repasse de propina.
Segundo a defesa, o laudo possui problemas e erros.
O desembargador baseou sua negativa no argumento de que o prazo para o questionamento jรก foi aberto e se encerrou, nรฃo cabendo mais tal revisรฃo.
Foto: Reproduรงรฃo/Fรกbio Campana