Israel Conte , da redação
Até o fim de março, o Hospital Universitário Francisca Mendes terá oito leitos de UTI reabertos e mais uma sala de cirurgia funcionando para diminuir a fila de pacientes cardíacos. O prazo foi dado ao BNC pela Susam (Secretaria de Estado de Saúde).
O site enviou à pasta, comandada vice-governador Carlos Almeida (PRTB), parte das denúncias relatos dramáticos recebidos de fontes e familiares de pacientes que aguardam atendimento.
No total, mais de 500 adultos e 200 crianças formam a fila por cirurgias. Dos 12 leitos de UTI pós-operatório, apenas quatro estão sendo utilizados. Das cinco salas cirúrgicas disponíveis na unidade, só se faz operações em duas.
“As pessoas estão morrendo sem ter a chance do último atendimento”, disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada.
Outra informação que chegou à nossa redação é a de que um movimento de protesto já está sendo organizando por familiares de pacientes, que agonizam nas filas por cirurgias e que não tem, sequer, previsão de agendamento.
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Com a palavra, a Susam
Em nota ao BNC , a Susam informa que o cenário de mais de 700 pacientes esperado por uma cirurgia cardíaca foi herdado da administração passada.
“A desativação dos leitos e das salas cirúrgicas, conforme a direção, foi pela falta de equipamentos, como respiradores, carrinhos de anestesia, entre outros itens. Também faltavam Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), produtos estes que já estão sendo adquiridos”, diz trecho da resposta.
E disse que no fim de março, será concluída “a implantação dos equipamentos que permitirão a abertura dos oito leitos de UTI e de uma sala de cirurgia” para que a “fila de cirurgias ande mais rápido”.
Leia a nota da Susam na íntegra.
O número de pacientes na fila do Hospital Universitário Francisca Mendes para cirurgias cardíacas é de 755 pessoas. Este foi o cenário encontrado pela atual gestão da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), ao assumir em janeiro deste ano, em função da desativação de oito leitos de UTI e de duas salas do centro cirúrgico na unidade. A desativação dos leitos e das salas cirúrgicas, conforme a direção, foi pela falta de equipamentos, como respiradores, carrinhos de anestesia, entre outros itens. Também faltavam Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), produtos estes que já estão sendo adquiridos.
A situação foi identificada no início do novo governo, inclusive com a unidade sendo escolhida para ser a primeira visitada pelo governador Wilson Lima, no dia 4 de janeiro. Na ocasião, ele solicitou à equipe da Susam que fosse feito o levantamento de tudo o que seria necessário para resolver os inúmeros problemas encontrados na unidade e que fosse dada a solução necessária.
A abertura das duas salas cirúrgicas e dos oito leitos de UTI permitirá o aumento do número de cirurgias, fazendo com que a fila ande mais rápido. Para que a unidade, que é referência em cardiologia na rede pública do Estado, volte a funcionar com sua plena capacidade, a Susam está concluindo a implantação, até o fim do mês de março, dos equipamentos que permitirão a abertura dos oito leitos de UTI e de uma sala de cirurgia. A segunda sala também já está em processo de reativação, embora precise de um pouco mais de tempo para concluir.
Também estão em processo de aquisição as OPMEs para as cirurgias de cateterismo cardíaco infantil e dois ecocardiógrafos.
Foto: Reprodução
