A campanha que os vários veículos da Rede Globo ampliaram após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ratificar vantagens competitivas do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) teve firme posicionamento do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Josué Neto (PSD), nesta sexta, dia 26.
O chefe do poder Legislativo do estado se refere à avaliação equivocada que fazem o portal G1, a TV Globo e suas afiliadas regionais, o jornal O Globo, o canal de TV por assinatura Globo News, rádio CBN e blogs individuais de jornalistas da rede, influenciados pela opinião negativa da âncora de economia Míriam Leitão, de que a ZFM é um paraíso de privilégios.
Todo o noticiário do grupo Globo, como a matéria veiculada no “Jornal Nacional” desta sexta, se prende a repetir o argumento carente de fundamento, e por isso mesmo desprezado pelo STF, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional de que a concessão de crédito do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) a empresas que compram insumos da ZFM vai dar um prejuízo anual de R$ 16 bilhões aos cofres federais.
Além de raso, o argumento a que se prendeu a União, repetido como mantra por Míriam Leitão e outros jornalistas do grupo Globo, que no Amazonas e demais estados da região Norte usufrui das benesses que a ZFM proporcionou aos empresários da Rede Amazônica desde a sua criação, não é justa em mostrar aos leitores-telespectadores-internautas o valor e o retorno que o modelo dá ao país.
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Renúncia da ZFM x Faturamento da Globo
Ainda que fossem R$ 16 bilhões em renúncia fiscal do governo, em favor de um modelo de desenvolvimento que beneficia milhares de brasileiros de uma região que não recebe a mesma atenção que os compatriotas da metade sul do país, é um valor irrisório comparado aos mais de R$ 10 bilhões faturados pelo grupo Globo só nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.
Dinheiro público que serviu para fazer a riqueza da família Marinho e outras, e isso para destilar desinformação e campanhas contra qualquer situação que não lhe traga privilégio.
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Bolsonaro e a saia-justa ao vivo
Esse comportamento tradicional da família Globo traz à lembrança a reação do então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) na entrevista pré-eleição de 2018, em agosto, aos apresentadores do “Jornal Nacional” (William Bonner e Renata Vasconcelos), quando disse ao vivo:
“Podem ter certeza, vocês [apresentadores do ‘Jornal Nacional’ e a própria TV Globo] vivem em grande parte de recursos da União. São bilhões em recursos da propaganda oficial do governo”.
Josué Neto vai na mesma linha de Bolsonaro ao avaliar que a matéria da Globo deste dia 26 “reflete a visão da classe econômica dominante do país”.
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Luta para fortalecer o modelo
Em redes sociais, o presidente da ALE-AM postou que, para os que amam Manaus e o Amazonas, a decisão do Supremo contra a União representa uma vitória para o povo amazônida.
“Um estado rico na sua biodiversidade, que alimenta o planeta de água e ar puro, que tem a nossa floresta preservada e nossos pais de família empregados, não tem preço, tem um valor que só a gente conhece”, postou Josué Neto.
À frente do parlamento amazonense, que acaba de criar uma comissão suprapartidária para encarar o governo federal na defesa dos interesses da ZFM e da Amazônia, Josué Neto afirmou que a luta pelo fortalecimento do modelo e o desenvolvimento de outras matrizes econômicas no estado são compromissos dos quais não descuidará.
“O gás natural em Silves, o nióbio de São Gabriel da Cachoeira, o potássio do médio rio Amazonas e a BR-319 são alternativas de milhares de pais de famílias empregados na região”, afirmou.
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Foto: Divulgação