O Fórum Permanente de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Amazonas (FECTAM) pediu na Justiça a prisão dos líderes da greve dos professores da rede estadual.
No processo, o FECTAM quer que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e o Sindicato do Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical) apresentem em 24 horas “prova de que comunicaram aos servidores da rede pública de ensino estadual […] que a greve está suspensa por decisão judicial e que os mesmos devem retornar ao trabalho, sob pena de sofrerem descontos em suas remunerações”.
A ação civil pública com tutela de urgência pede ainda “a prisão de todos os componentes das Diretorias Executivas do Sinteam e da Asprom para o caso de descumprimento”.
No relato dos fatos, o advogado Vanderley Oliveira de Araújo lembra que o movimento paredista “está na iminência de se completar 40 (quarenta) dias de paralisação. […] Resultado das trapalhadas dos réus: As crianças e adolescentes da educação da Rede Estadual de Ensino estão fora das salas de aula”.
Suspensão
No dia 12 de abril, a greve dos professores do Amazonas, foi suspensa pela Justiça . A decisão, em caráter de urgência, foi do desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) Elci Simões de Oliveira, relator do processo movido pelo Governo do Estado contra o Sinteam.
Na decisão, Simões determina multa diária de R$ 20 mil e desconto no contracheque dos profissionais que aderirem ao movimento.
Leia mais
Governo e professores precisam ceder para greve acabar, diz Josué
Wilson cita ataques e partidos políticos por trás da greve dos professores
No processo de hoje, o FECTAM também solicita que o governo apresente “prova de que comunicou aos seus servidores que aderiram ao movimento grevista que os mesmos deveriam retornar ao trabalho em 24 horas, sob pena de sofrerem descontos em suas remunerações em caso de não retorno”.
No relato dos fatos, o advogado Vanderley Oliveira de Araújo lembra que o movimento paredista “está na iminência de se completar 40 (quarenta) dias de paralisação. […] E considerando que o ano conta com 200 (duzentos) dias letivos, o prejuízo é incalculável, uma vez que mais de 40% do tempo útil e normal de aula já se esvaiu neste ano (mês de maio)”.
Movimento continua
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, disse que tomou conhecimento do processo pela imprensa, na manhã desta segunda-feira, dia 20.
“Estou muito tranquila. O que a Justiça decidir, vou acatar. Mas o movimento é legítimo e continua”, disse ao BNC.
Foto: BNC