Antes de o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), rejeitar os US$ 20 milhões oferecidos pelos países do G7, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), já considerava baixo o valor da ajuda internacional articulada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
“Foi decepcionante a decisão do G7 de enviar US$ 20 milhões para ajudar a Amazônia. Isso é uma esmola”, disse Arthur ao portal do UOL .
Para ele, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teve melhor intenção em ajudar a combater as queimadas na Amazônia.
Raquel sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que destine R$ 1,2 bilhão dos recursos recuperados pela Operação Lava Jato para a Amazônia.
O prefeito amazonense vê como positiva a ajuda externa, mas não com recursos irrisórios, como o oferecido pelo G7.
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Sobre a diplomacia brasileira, Arthur vê que o país não pode continuar sofrendo desgastes com a comunidade internacional.
Ele é autoridade no assunto porque ser diplomata de formação.
“O Brasil tem uma grande chance de se reconciliar com a comunidade internacional. Agora é uma oportunidade de ouro de fazer um discurso de união, de entendimento, de respeito à diversidade, um discurso democrático e sobre a Amazônia”, aconselhou.
Na visão do tucano, Bolsonaro e o país não têm outra saída a não ser tratar a Amazônia como estratégica, que ela é interesse mundial.
“O mundo não está preocupado com outros lugares do país. O mundo está preocupado com a Amazônia. Quem não entender isso está na contramão. Quem entender isso vai poder fazer uma boa prática e crescer na diplomacia e na articulação política”.
Para ele, o Brasil tem uma oportunidade de ouro para retomar o prestígio internacional e se destacar como campeão do combate ao aquecimento global.
Ele lembrou que essa chance é ampliada com a assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. O Brasil, por tradição, será responsável pelo discurso de abertura.
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Foto: Reuters/reproduzido do portal da Agência Brasil