O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , culpou hoje em São Paulo os “governos anteriores” e sua “mentalidade sindicalista” por “incharem a máquina pública”. As informações são do Portal UOL .
O que para ele afeta duas das principais instituições ambientais brasileiras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
“Tivemos governos anteriores que incharam a máquina pública, contrataram politicas públicas, uma serie de despesas, sem preocupação com meritocracia e metas”, afirmou o ministro quando questionado sobre a atuação do ICMBio e Ibama no atual governo.
“Essa mentalidade sindicalista arrebentou nosso país”, disse Salles, em almoço promovido pelo Lide (Grupo de Lideres Empresariais).
Desde de o início do governo Jair Bolsonaro (PSL), a quantidade de multas aplicadas pelo Ibama por desmatamento ilegal caiu.
Salles chegou a criminalizar publicamente fiscais que destruíram equipamentos usados por madeireiras em uma Unidade de Conservação no Pará.
Na ICMBio, a estratégia foi militarizar a instituição: Salles nomeou cinco Policiais Militares para a diretoria do instituto.
O ministro nega que as medidas adotadas pelo governo estejam “desmontando” a estrutura ambiental do Brasil.
“Não houve nenhuma medida de desmonte ambiental, flexibilização. O Brasil segue fazendo todas as medidas de cuidado de antes”. “É absolutamente irrealista. Os fatos não sustentam essas versões”, defendeu.
Salles disse que “não é verdade que [o governo] foi condescendente a atos criminosos na área ambiental”. “Mas há pressão crescente de quem vive na Amazônia que quer produzir e prosperar. Temos de ouvir com alternativa de desenvolvimento sustentável”, declarou.
Amazônia
Ricardo Salles reafirmou o “compromisso do governo em gerar dividendos de forma sustentável com o ativo que é a Amazônia”.
“Como vamos dar dinamismo econômico a essa região sem entender que a agenda da biodiversidade precisa se materializar?”, “o que fizeram quem sentou nesta cadeira nos últimos 20 anos?”, questionou.
Para Salles, as últimas administrações afastaram o empresariado da região. “Só quem trabalha sem fins lucrativos tem o monopólio da ética?”, indagou.
Ele disse ainda que chegou o momento de romper com “a mentalidade que veio até agora de que somente alguns do terceiro setor sabem cuidar do meio ambiente e que a iniciativa privada só sabe explorar”.
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Foto: Sergio Lima/AFP