O vereador Cel. Gilvandro Mota (PTC) fez duras críticas ao vereador Chico Preto (sem partido) nesta terça-feira, dia 8.
Da tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vice-líder do prefeito Arthur Neto (PSDB) lembrou a morte de um sargento em 2014 que estava com a esposa do parlamentar de oposição, chamou-o de “covarde” e o acusou de tentar transformar a investigação policial do caso Flávio Rodrigues em um palanque político.
“Eu não tenho vínculo, senão apenas institucional, com a prefeitura e com o prefeito Arthur Virgílio Neto, que trabalha em prol dessa cidade. A imprensa deveria saber disso. O vereador Chico Preto, quem fez tudo isso contra essa Casa, foi o mesmo que se beneficiou da lei, quando ele tinha direito a sua segurança de seus familiares”, disse Gilvandro Mota, ao relatar a decisão da justiça que absolveu Chico Preto, após a morte do sargento José Cláudio Marques da Silva, em 2014, durante assalto ao carro que estava a esposa do vereador.
“Ele podia ser culpado por não ter contratado um serviço particular para transportar os valores até sua casa. Chico Preto foi absolvido pela justiça e nós o respeitamos”, completou Mota, demonstrando sua indignação.
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Ainda durante a plenária, o vereador pediu cautela sobre a eventual interferência política no episódio. “A oposição busca adesão pública à custa do sofrimento de familiares e amigos, através do choro da família e amigos à custa de maldade e morte”, denunciou Gilvandro, ressaltando todos devem preservar a CMM de qualquer fato de responsabilidade da polícia para que a democracia prevaleça.
“Se o prefeito tiver falhas será julgado. Todos precisam entender que há um ordenamento que permite não só para o prefeito, mas ao governador do Estado e ao presidente da República, que tenham direito à segurança, segurança do seu vice e de seus familiares. Que a responsabilidade por crime político administrativo não depende do pronunciamento das Câmaras (municipal ou federal), podendo ser julgado diretamente pelo Poder Judiciário, como está na lei”, explicou o parlamentar.
O outro lado
A ira de Gilvandro é por conta do requerimento, solicitado por Chico Preto, que pedia informações da Casa Militar da Prefeitura de Manaus, sobre os servidores e veículo envolvidos no caso.
O engenheiro da Ambev Flávio dos Santos foi visto por último no domingo, dia 29 de setembro, na casa de Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, assassinado com seis facadas.
38 dos 41 vereadores derrubaram o requerimento.
Sobre a fala ácida de Gilvandro, Chico Preto disse que “em nenhum momento acusei quem quer que seja, apenas busquei informações acerca do uso de um carro oficial no caso. Vou deixá-lo [Gilvandro Mota] afundar na vergonha de suas atitudes e palavras”.
*Com informações da assessoria de imprensa.