Para Maia, fala de Guedes sobre o AI5 gera insegurança na sociedade

Rodrigo Maia

Publicado em: 26/11/2019 às 17:23 | Atualizado em: 26/11/2019 às 17:23

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou nesta segunda-feira, dia 25, nos EUA, para “não se assustarem se alguém defender o AI-5 em caso de radicalização de futuras manifestações no País”.

“Ele Guedes gera uma segurança na sociedade e, principalmente, nos investidores. Usar dessa forma, mesmo que sendo para explicar o radicalismo do outro lado, não faz sentido. Por que alguém vai propor o AI5 se o ex-presidente Lula, que acho que está errado também porque está muito radical estimula manifestação de rua? O que uma coisa tem a ver com a outra? Nós vamos estimular o fechamento do parlamento? Dos direitos constitucionais dos cidadãos como o habeas corpus como fez o AI5? É isso que estamos querendo estimular? Por uma manifestação de rua, a gente fecha as instituições democráticas?”, questionou Maia.

Durante entrevista a jornalistas, Guedes sugeriu que o projeto de lei do excludente de ilicitude, proposto pelo governo, seria uma resposta do presidente Jair Bolsonaro ao discurso do ex-presidente Lula da Silva (PT).

No fim de outubro, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, defendeu medidas como “um novo AI-5” para conter manifestações de rua, caso “a esquerda radicalizasse”.

 

Leia mais

Apesar das críticas, Eduardo defende novo AI-5 contra esquerda radical

 

“Temos que tomar cuidado porque a gente está usando um argumento que não faz sentido do ponto de vista do discurso. E como não faz sentido, acaba gerando insegurança em todos nós de qual o intuito por trás da utilização recorrente dessa palavra”, afirmou Maia durante evento sobre democracia e política na Câmara.

O presidente da Câmara comentou ainda que os dois lados – governo e o ex-presidente Lula – estão estimulando uma “guerra campal”.

Leia no Notícias ao Minuto.

 

 

 

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil