Apesar das críticas, Eduardo defende novo AI-5 contra esquerda radical

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 31/10/2019 às 18:12 | Atualizado em: 31/10/2019 às 18:12

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou a falar sobre o Ato Institucional 5 (AI-5) em um vídeo divulgado, na tarde desta quinta-feira (31), em uma rede social, mesmo estando sob uma saraivada de críticas de todos os lados, inclusive do pai presidente.

Mais cedo, nesta quinta, foi publicado no canal do YouTube da jornalista Leda Nagle um vídeo de uma entrevista de Eduardo na qual ele diz que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, a resposta pode ser “via um novo AI-5”.

O Ato Institucional 5 foi assinado em 1968, no regime militar, e é considerado uma das principais medidas de repressão da ditadura.

Entre as consequências do AI-5 estão o fechamento do Congresso Nacional, a retirada de direitos e garantias constitucionais, com a perseguição a jornalistas e a militantes contrários ao regime.

Pouco antes de Eduardo divulgar o vídeo, segundo publicação do G1, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “quem quer que fale de AI-5 está sonhando”, acrescentando: “Se ele falou isso, lamento“.

O vídeo mostra imagens das manifestações das últimas semanas contra o governo no Chile. “O que a esquerda está chamando de protestos [no Chile] e querendo trazer para o Brasil, que na verdade a gente sabe que são vandalismos, depredações, e chega sim a ser terrorismo, porque eles querem fazer uma instabilidade política para tirar do poder um presidente que não é de esquerda. Isso tudo está perigando vir para o Brasil”, afirmou Eduardo no vídeo.

Segundo ele, por esse motivo, “vale lembrar o que ocorreu no Brasil no final dos anos 60, início dos anos 70”.

E em seguida, passa a falar ações de grupos de luta armadas, como sequestros e execuções.

Ao final, o vídeo de Eduardo Bolsonaro volta a exibir imagens das manifestações no Chile e das consequências dos protestos, como a paralisação do sistema de transporte e suspensão de aulas nas escolas.

“Essa é a cara da esquerda, e nós não permitiremos isso.”

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Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil