Corte seletivo de árvores na Amazônia já é o maior em três anos

Amazônia Escritor

Neuto Segundo

Publicado em: 27/11/2019 às 11:33 | Atualizado em: 27/11/2019 às 11:35

Em pouco mais de três meses, de 1.º de agosto a 13 de novembro, o corte seletivo de madeira da Amazônia – quando só algumas árvores são tiradas com o objetivo de exploração de madeira – afetou uma área de 2.133 km², superando em 35% toda a extração ao longo dos 12 meses anteriores (agosto de 2018 a julho de 2019, em que a perda foi de 1.573 km². É o que revela o Deter, sistema de detecção rápida por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

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O total de 2.133 km² é o equivalente à área do Município de São Paulo multiplicada por 1,4. Esse corte seletivo na Amazônia em pouco mais de um trimestre já é maior do que em cada um dos três ciclos anteriores de monitoramento do Inpe, que vão de agosto a julho (2016-2017, 2017-2018 e 2018-2019).

Os dados de corte seletivo se referem ao primeiro movimento de degradação da floresta, quando árvores mais nobres, como ipê e jatobá, são retiradas para fins madeireiros. É a etapa inicial de um processo que vai rareando a floresta até o ponto em que ela é queimada ou cortada totalmente – o chamado corte raso – para a colocação posterior de pastagem, por exemplo.

 

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Foto: BNC