Enquanto ungia Bolsonaro, Silas, por trás, manobrava contra Malafaia

Neuton Correa

Publicado em: 30/11/2019 às 05:47 | Atualizado em: 30/11/2019 às 05:47

Por Neuton Corrêa, da Redação

 

Enquanto em Manaus a Igreja Assembleia de Deus, comandada por sua família, ungia na terça-feira, dia 26, o presidente Jair Bolsonaro, a mais de 3 mil quilômetros dali, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos) fazia uma manobra, em Brasília, para continuar presidindo a bancada da bíblia.

A manobra também seria para conter o avanço do pastor Silas Malafaia, que poderia emplacar um aliado na liderança do grupo.

“A mudança, feita em reunião esvaziada presenciada pela Folha, causou rebuliço e escancarou uma disputa interna do grupo que é um dos principais aliados ideológicos de Bolsonaro no Congresso”, diz notícia de rodapé publicada neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Com o título “Bancada evangélica racha para reeleger presidente”, a matéria informa:

“Deputados ligados a Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) acusam Silas Câmara e seus aliados de tentarem se perpetuar no poder e de mudar as regras do jogo no meio do caminho”.

E acrescenta:

“Já os deputados ligados ao atual presidente dizem que a reeleição é desejo quase unânime da bancada e citam a preocupação com a possibilidade de Sóstenes, ligado ao pastor Silas Malafaia, ascender ao comando da bancada como uma das razões para a mudança”.

No Amazonas, assim que Bolsonaro deixou a cidade, Silas Câmara lançou pré-candidatura a prefeito de Manaus.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República, em 26 de novembro de 2019, em Manaus, em culto da Assembleia de Deus