Defesa de Lula pede ao STF para anular condenação dos 17 anos

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 02/12/2019 às 17:28 | Atualizado em: 02/12/2019 às 17:28

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu, nesta segunda-feira (2), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão que aumentou para 17 anos de prisão a pena no processo do sítio em Atibaia (SP). As informações são da Agência Brasil.

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre, confirmou sentença proferida pela juíza Gabriela Hardt, na qual Lula foi condenado na primeira instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

No recurso apresentado ao relator do caso, ministro Edson Fachin, a defesa de Lula alega que o processo não seguiu a tramitação correta (na foto, o advogado Cristiano Zanin, um dos defensores de Lula).

Para os advogados, a decisão do TRF-4 deve ser anulada por não ter respeitado a ordem cronológica, obrigatória por lei, para ser julgada.

 

Entenda

No caso do sítio de Atibaia, Lula foi condenado em 6 de fevereiro pela juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Foi a segunda condenação do ex-presidente no âmbito da Lava Jato.

A primeira se deu no caso do triplex no Guarujá (SP).

De acordo com a sentença da primeira instância, Lula recebeu vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio da reforma do sítio em Atibaia, que costumava frequentar com a família.

A obra teria custado mais de R$ 1 milhão, e o dinheiro teria sido descontado de propinas devidas pelas empresas em troca de favorecimento ilícito em contratos com Petrobrás, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que foi acolhida pela juíza.

Entre as melhorias realizadas no sítio, estão a construção de uma casa nos fundos do sítio, uma sauna, a reforma de um campo de futebol e de uma piscina, a instalação de uma cozinha projetada e a reforma de um lago.

 

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/arquivo