De olho nas eleições, MBL negocia candidaturas com três partidos

Após apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018, o MBL rompeu com o presidente, amenizou o discurso e tenta se apresentar como uma versão moderada da direita.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 03/01/2020 às 17:26 | Atualizado em: 03/01/2020 às 17:26

O Movimento Brasil Livre (MBL) está negociando com três legendas para lançar o deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãe, Falei”, a prefeito e ainda abrigar seus principais líderes em São Paulo, berço da organização. O grupo esteve na campanha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. As informações são do Estadão.

Segundo o portal, quando decidiu entrar na política, o movimento filiou seus quadros no DEM, partido pelo qual se elegeram Kim Kataguiri deputado federal, Fernando Holiday vereador e Arthur do Val deputado estadual.

Em novembro, porém, Arthur do Val foi expulso do DEM após se colocar contra o alinhamento do partido com o prefeito Bruno Covas e o governador João Doria, ambos do PSDB.

Com a decisão, Holiday e outros dirigentes do MBL também decidiram deixar o DEM, segundo a publicação do grupo Estado.

O movimento, porém, não contou com a adesão de Kataguiri, que é aliado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e vice-líder do partido na Câmara.

Três são as siglas que abriram as portas para a candidatura de Arthur Do Val: Patriotas, Avante e Pros.

Por um desses partidos o MBL vai lançar também dois candidatos a vereador: Holiday, que vai disputar a reeleição, e Rubens Nunes, que é advogado do grupo.

O coordenador nacional do MBL, Renato Battista, tentará uma vaga na Câmara Municipal, mas pelo Novo.

“Há um distanciamento ideológico do MBL com o DEM, que em São Paulo é um partido governista”, disse Rubens Nunes ao Estadão.

 

Ambições

Depois de convocar e liderar as manifestações de massa pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o MBL se afastou das ruas e se tornou uma corrente política com ambições de se tornar um partido político.

O grupo não esteve entre os organizadores das últimas manifestações do ano passado em defesa da prisão após a segunda instância.

Após apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018, o MBL rompeu com o presidente, amenizou o discurso e tenta se apresentar como uma versão moderada da direita, segundo a reportagem do Estadão.

“O MBL amadureceu e hoje está buscando qualificar o debate e tirar a histeria das eleições de 2018”, disse Renato Battista, coordenador do grupo.

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Foto: Reprodução/Rádio ABC