Durante as investigações da operação Lava Jato, emails que foram apreendidos mostram que, dentro da Oi, a subcontratação da empresa de um dos sócios de Fábio Luís Lula da Silva , o Lulinha (foto ), para prestar serviços à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2012 era vista como “projetos políticos com o governo” e não deveria ser tratada como uma “prestação de serviços tradicional”. Lulinha é o filho primogênito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação está na revista Veja.
A reportagem que mostra correspondências eletrônicas entre funcionários da empresa telefônica indicam ainda que, depois de ter recebido pagamentos da prefeitura no âmbito de um contrato público, a Oi foi cobrada pela gestão do então prefeito, Eduardo Paes , a acelerar repasses de recursos à Gol Mobile, controlada por Jonas Suassuna, sócio de Lulinha.
As mensagens mostram também que a firma de Suassuna sequer havia sido formalmente subcontratada pela Oi para executar serviços em dois contratos firmados entre a prefeitura e a operadora.
Os e-mails foram apreendidos pela Polícia Federal na 69ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Mapa da Mina , que mirou os negócios entre a Oi e empresas ligadas a Lulinha.
Entre as suspeitas dos investigadores está a de que o dinheiro usado na compra do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, veio destas empresas, que receberam 132,2 milhões de reais da telefônica entre 2004 e 2016.
Suassuna pagou 1 milhão de reais por uma parte da propriedade; o empresário Fernando Bittar comprou outra parte por 500.000 reais.
Bittar é irmão de Kalil Bittar, sócio de Lulinha no grupo Gamecorp , que também tinha negócios milionários com a Oi.
Confira no texto de Veja outros desdobramentos dos negócios do filho do ex-presidente.
Foto: Reprodução/Bahia Ligada