Bolsonaro e Moro abortam operação de resgate da cúpula do PCC
O presidente Jair Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas para fazer a segurança do presídio federal de Brasília, para onde seriam gastos em torno de R$ 30 milhões para tirar criminosos da cadeia.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 07/02/2020 às 17:08 | Atualizado em: 07/02/2020 às 17:08
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, abortaram uma operação milionária para libertar lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país, que estão presas em Brasília.
De acordo com a revista Veja, o presidente autorizou o uso das Forças Armadas para fazer a segurança do presídio federal de Brasília. Entre os líderes da facção está Marco Camacho, o Marcola.
Segundo texto publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial, segundo Veja, os militares devem fazer a “proteção do perímetro externo” da penitenciária no período entre 7 de fevereiro e 6 de maio de 2020.
As autoridades estão em nível máximo de alerta desde que foi descoberto um plano de resgate da cúpula da facção criminosa no fim do ano passado.
Em dezembro, as forças de segurança de Brasília encaminharam um informe confidencial ao staff do ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmando que estava sendo arregimentada uma equipe para retirar as lideranças de Brasília.
Investigadores estimam que a logística do plano não sairia por menos de R$ 30 milhões, valores facilmente recuperáveis com a venda de apenas 200 quilos de cocaína em portos europeus.
Um drone até chegou a ser visto sobrevoando o presídio no dia 20 de dezembro. A revista já havia detalhado o caso em outra reportagem.
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Foto: Carolina Antunes/Presidência da República