O grau de violência na cidade de Pacaraima (RR) leva para o quarto dia seguido de protestos de brasileiros na fronteira com a Venezuela .
As manifestações começaram sexta-feira (7), depois do estupro de uma adolescente de 15 anos por um venezuelano de 24.
O Exército (na foto, controla a fronteira ) informa, segundo o noticiário do G1 de Roraima, que a situação está sob controle. No entanto, o cenário continua de guerra nas ruas da cidade, antes de vida pacata , a 215 quilômetros da capital Boa Vista.
Nesta segunda-feira (10), moradores fecharam a BR-174 na sequência das manifestações.
Eles cobram ações do governo contra a violência na cidade, fronteira com a Venezuela.
O bloqueio na entrada de Pacaraima, segundo o G1, é feito com pneus, troncos de árvores e tem o apoio de índios da Terra Indígena de São Marcos.
Em todos os pontos há aglomeração de moradores. Pela manhã, as três ruas principais que dão acesso a Pacaraima amanheceram fechadas.
Os mercados e lojas do centro comercial, na rua Suapi , não abriram nesta segunda. Por volta de 13h um comerciante que decidiu abrir o estabelecimento e foi orientado pela Polícia Militar do risco de sofrer represália e fechou as portas.
Mais cedo um grupo de venezuelanos que estava próximo a manifestantes brasileiros foi orientado a sair e houve uma rápida confusão.
A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e os imigrantes deixaram o local correndo.
A PM acompanha o bloqueio na rodovia e as três ruas fechadas dentro da cidade e informou que o clima é de tensão. Procurado, o Exército informou que a passagem de pessoas e veículos na fronteira segue normal e que os “órgãos de segurança pública estão no controle da situação.”
As manifestações em Pacaraima ocorrem desde a última sexta-feira (7), quando uma adolescente venezuelana, de 15 anos, foi estuprada por um homem, também venezuelano, de 24 anos.
O jovem suspeito do estupro foi detido pela Polícia Militar e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na audiência de custódia.
O crime causou a revolta da população que foi às ruas pedir segurança.
Na tarde desse domingo (9) os moradores fecharam a BR-174 no trecho que dá acesso à divisa entre os dois países e houve confronto com Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Foto: Wendel Vale/arquivo pessoal/reprodução/G1