A disputa entre parlamentares rumo às eleições à presidência da Câmara e do Senado, dois dos cargos mais poderosos da República, começou um ano antes do pleito.
Reportagem do Correio destaca o deputado federal Marcelo Ramos (PL) como um das opções na fila para assumir a presidência da Câmara dos Deputados.
“Ramos ganha força por ser um deputado de centro, que presidiu a comissão especial da reforma da Previdência com habilidade e, também, por ser parlamentar de primeiro mandato”, diz a publicação.
Diz ainda que uma eventual vitória de Marcelo poderia passar a imagem de renovação. “Muitos colegas têm me procurado, têm feito apelo por eu ser um deputado de centro, mas de primeiro mandato. Isso acaba mesclando um pouco esse sentimento de dar um sinal de renovação, mas mantendo a estabilidade política que o centro tem dado”, explicou o parlamentar.
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O Correio ressalta que no entanto, Ramos se coloca mais atrás “na fila” e disse que é cedo para a conversa.
“Primeiro, porque a liderança do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) é importante para a estabilidade do funcionamento da Casa. Segundo, que a unidade dos partidos de centro tem dado estabilidade para a pauta legislativa do país”.
“Eu acho que estou na fila, mas tem gente que chegou antes. Não podemos permitir, nem para mim nem para ninguém, que o desejo de presidir a Casa seja colocado acima da estabilidade desse núcleo de moderação de partidos de centro”, defendeu.
Poder específico
Cada cadeira tem um poder específico. A dos deputados ocupa o terceiro lugar na linha de sucessão presidencial. A dos senadores controla a pauta do Congresso.
Entre nomes sugeridos para substituir Maia, estão também o do ex-líder do DEM, Elmar Nascimento (BA); do líder do MDB, Baleia Rossi (SP); e do líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
As votações para as presidências das duas Casas do Congresso Nacional ocorrem em 1º de fevereiro do ano seguinte às eleições gerais, depois da cerimônia de posse dos cargos e o mandato dura dois anos.
Na Câmara, o quórum mínimo de votação é de 257 deputados, ou seja, maioria absoluta.
No Senado, apenas o presidente da Casa é escolhido na sessão. Qualquer senador pode se candidatar. A votação é secreta, segundo o Artigo 60 do Regimento Interno. Para ser eleito, o candidato precisa atingir maioria absoluta dos votos, ou seja, a aprovação de 41 senadores.
Leia matéria no Correio Braziliense.
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Foto: Divulgação/Facebook