Operação na Monte Horebe fecha cadastramento e agora vai cruzar dados
Operação encontrou na Monte Horebe 2.340 barracos ocupados, e 1.400 foram derrubados
*Aguinaldo Rodrigues, da Redação
Publicado em: 08/03/2020 às 11:55 | Atualizado em: 08/03/2020 às 11:55
Até este sábado, dia 7, o comando da operação do Governo do Estado na invasão Monte Horebe contou 2.340 barracos ocupados. Desses, 2.081 aceitaram acordo para deixar o local e passar a receber aluguel social mensal de R$ 600. Conforme o governo, esse pagamento começará na próxima semana.
De acordo com o governo, 209 famílias receberam apoio de transporte para a mudança.
Como resultado posterior a esse levantamento, mais de 1.400 barracos foram demolidos por não ter ninguém ocupando.
Esse é o balanço da ação da força-tarefa do governo em cumprimento de medida judicial de desocupação da invasão Monte Horebe, em Manaus. Os números foram apresentados durante reunião neste sábado.
Em decorrência desse levantamento, os dados das pessoas cadastradas vão agora ser cruzados. Segundo a força-tarefa, o objetivo é saber quem realmente precisa de moradia.
Estudo que embasou a operação apontou a prática de especulação com os lotes invadidos. Tudo comandado por traficantes e criminosos de facções que queriam fazer da Monte Horebe um bairro para suas ações. Foi o que apontou a inteligência policial.
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Apoio segue
De acordo com a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Caroline Braz, o apoio neste sábado continuou.
Estavam à disposição 20 caminhões-baús e 60 carregadores para mudanças.
Além disso, caminhões-pipa forneciam água aos que ainda permanecem no local.
Segundo a Defensoria Pública do Estado (DPE), o atendimento a quem se cadastrou e ainda não fez acordo vai continuar. E será a partir do dia 11, na sede do órgão.
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Reunião com Câmara e entidades sociais
Neste sábado, a força-tarefa do governo se reuniu com comitiva da Câmara dos Deputados e representantes de movimentos sociais.
De acordo com o secretário de Segurança Pública (SSP), Louismar Bonates, representando o governo, a reunião foi para dar resposta a questionamentos sobre o trabalho de desocupação da Monte Horebe.
Por exemplo, sobre o cadastramento das famílias, mudanças e demolição das casas desocupadas.
Fizeram parte desse grupo o deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, José Ricardo (PT). Além dele, o ex-senador João Pedro (PT) e representantes do Movimento Nacional de Luta por Moradia, Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (Contag) e Arquidiocese de Manaus.
*Texto organizado com informações da Secom
Foto: Roberto Carlos/Secom