Deputado faz emenda de R$ 750 mil para AM comprar respiradores

De acordo com o parlamentar, com o valor repassado poderão ser comprados 15 novos respiradores

Deputado-economista aponta superávit na arrecadação do AM

Publicado em: 07/04/2020 às 16:38 | Atualizado em: 07/04/2020 às 16:38

O deputado Serafim Corrêa (PSB) destinou R$ 750 mil de suas emendas parlamentares para a compra de respiradores. Estes usados por pacientes de coronavírus (covid-19) no Amazonas.

Conforme Serafim, esse valor é extra às suas emendas para a saúde, que chegam a R$ 2,4 milhões. Segundo ele, esse valor já está disponível para uso pelo Governo do Estado desde o último dia 3.

Embora considere um valor baixo diante do colapso do sistema que se avizinha. Bem como a falta de respiradores nas UTI, Serafim afirmou que será possível comprar 15 equipamentos.

 “Isso dá para comprar 15 respiradores. Estou preocupado com a saúde como um todo. Temos o problema do coronavírus que é sério e é uma ameaça real” , afirmou.

Conforme divulgou a Secretaria de Sáude de Estado (Susam), Manaus tem apenas 5% dos leitos de UTI vagos, o que é grave.

Somado à problemática, Serafim disse que, embora os pagamentos tenham sido anunciados por parte do estado, as clínicas de hemodiálise e de diálise, por exemplo, relatam, por meio de seus funcionários, que ainda não receberam seus honorários.

“Tenho essa informação, não por médicos, mas por pacientes que estão indo às clínicas e estão ouvindo dos funcionários que as empresas não estão recebendo. E se elas (clínicas) não receberem não vão pagar os seus funcionários. Os funcionários dizem que não terão outra alternativa a não ser parar”, lamentou.

A partir disso, o parlamentar pediu que o governo do estado tenha uma conversa com as empresas terceirizadas em saúde. Estas que estão com os pagamentos atrasados, para que a situação seja regularizada.

“Entendo que o coronavírus é relevante, mas apelo ao bom senso da Susam para que abra diálogo com todos os prestadores de serviços terceirizados que estão  entre três a seis meses sem receber. Claro que vai haver um colapso e se as pessoas pararem de fazer hemodiálise e diálise, isso vai significar muitas mortes”, concluiu Serafim.

Fotos: Anderson Tahan/Assessoria do deputado

 

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