Bolsonaro volta a criticar medidas de isolamento social

Bolsonaro afirmou que, se a quarentena continuar, "não está difícil de saber o que nos espera"

Bolsonaro criticar isolamento social

Publicado em: 19/04/2020 às 13:58 | Atualizado em: 19/04/2020 às 13:58

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar neste domingo, dia 19, o isolamento social.

A medida é considerada essencial no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

No Twitter, Bolsonaro afirmou que, se a quarentena continuar, “não está difícil de saber o que nos espera”.

A mensagem é sobre a capa do jornal “O Estado de S.Paulo” dizendo que “No país, 91 milhões deixaram de pagar alguma conta em abril”.

O UOL destaca que após demitir Luiz Mandetta, devido a divergências sobre o isolamento, Bolsonaro volta a atacar a medida recomendada pelas autoridades de saúde em todo o mundo.

Dessa forma, o presidente tem feito uma campanha pelo afrouxamento da quarentena sob argumento de que a decisão é devastadora para a economia.

Todavia, o ex-ministro Mandetta caiu justamente por discordar do chefe de Estado.

Do mesmo modo, ontem, Bolsonaro voltou a distorcer uma fala do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, também para criticar a reclusão.

Em mensagem no Facebook, ele anexou um vídeo no qual Tedros reflete sobre efeitos negativos da quarentena.

Isso pensando na economia, em especial de países mais pobres.

No entanto, em momento algum o dirigente minimiza a necessidade de isolamento.

O vídeo é acompanhado de uma tradução descontextualizada da fala de Ghebreyesus.

“Elas [medidas restritivas] não devem ser usadas às custas dos direitos humanos”.

As declarações do diretor ocorreram quando a entidade anunciou seis recomendações para os países que querem flexibilizar a quarentena.

Trata-se, na verdade, de uma estratégia para evitar que as nações façam uma transição radical, isto é, encerrem o isolamento de um dia para o outro.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República