O presidente Jair Bolsonaro discursou neste domingo, dia 19, durante um ato em Brasília que defendia uma intervenção militar.
No entanto, o feito não está previsto na Constituição Federal.
Dezenas de simpatizantes se aglomeraram para ouvir o presidente, contrariando as orientações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Isso para evitar a propagação do novo coronavírus (covid-19).
Durante o discurso, Bolsonaro tossiu algumas vezes, sem usar a parte interna do cotovelo, conforme orientação das autoridades sanitárias.
Do alto de uma caminhonete, ele voltou a criticar o que chama de “velha política”.
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente”.
Foi a maior aglomeração provocada por Bolsonaro desde o início da pandemia no Brasil.
Anteriormente, ele já havia falado para manifestantes que se concentraram em frente ao Palácio do Planalto.
Antes da fala de Bolsonaro, participantes do ato gritavam “Fora, Maia”, “AI-5”, “Fecha o Congresso”, “Fecha o STF”, palavras de ordem ilegais e inconstitucionais.
O Ato Institucional número 5 (AI-5) vigorou durante dez anos (de 1968 a 1978), no período da ditadura militar, e foi usado para punir opositores ao regime.
Os simpatizantes também pediam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Até as 15h50, o Congresso e o Supremo não haviam se manifestado sobre o discurso.
Bolsonaro também apontou que todos os políticos e autoridades “têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro”.
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Foto: Reprodução/Redes Sociais