Arthur desabafa e cobra de Mourão verba federal para combater coronavírus
O pedido de recursos veio após o desabafo sobre a situação crítica da saúde do Amazonas
Israel Conte
Publicado em: 20/04/2020 às 19:42 | Atualizado em: 20/04/2020 às 19:43
O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) cobrou do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB) ajuda federal para combater a crise do coronavírus na capital.
O pedido de recursos veio após o desabafo sobre a situação crítica da saúde do Amazonas.
“Não pedi pra ele levar pra ninguém. Pedi pra ele resolver”, afirmou.
A reunião entre o vice-presidente, o prefeito e o governador Wilson Lima (PSC) aconteceu nesta segunda-feira, dia 20, na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA).
Arthur disse a Mourão que a Prefeitura de Manaus construiu, em quatro dias, um hospital de campanha. Mas até hoje a estrutura não recebeu nenhum centavo em recursos do governo federal.
“O hospital de campanha não viu um centavo do governo federal e isso foi pontuado ao vice-presidente. Não houve um e-mail reconhecendo a iniciativa de termos construído em quatro dias um hospital que começou pequenininho e já está com 50 leitos”, destacou o prefeito.
Privado
Antes da reunião, Arthur revelou que Mourão chamou ele, bem como o governador Wilson Lima (PSC), para uma conversa privada.
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“Fui muito franco com ele. Ele ouviu todas as cobras e todos os lagartos que eu tinha pra soltar contra a Saúde do Amazonas, contra certos personagens que atrapalham mais que ajudam. […] Não adianta a gente tapar o Sol com a peneira. Não houve melhora nenhuma. Estamos desarmados e fomos apanhados por um inimigo poderoso”, disse o prefeito.
Resolva!
Questionado se havia pedido para Mourão levar as demandas da capital à Brasília, seja para o presidente Jair Bolsonaro ou para o Ministério da Saúde, Arthur respondeu.
“Eu não pedi pra ele levar pra ninguém. Pedi pra ele resolver. Esse negócio de levar, é meio complicado. Não quero que ele leve, quero que ele resolva. A situação não é pra levar [pois] do fulano, vai pro beltrano, que abre um processo, e nessa história de abrir processo, fechar processo, tá morrendo amazonense”, afirmou.