Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (28), pelo MapBiomas, aponta que o Brasil teve 1.218.708 hectares (12.187 km2) de desmatamento.
A Amazônia lidera o ranking com 63,2% de áreas desmatadas, cerca de 2.110 hectares de floresta por dia. Os estados que apresentaram o maior número de áreas desmatadas são:
Pará (299 mil ha), Mato Grosso (202 mil ha) e Amazonas (126 mil ha).
Juntos estes três estados responderam por mais da metade das áreas de desmatamento detectado no país em 2019.
Leia mais
Altamira
Em termos de tamanho do desmatamento, a maior área detectada em 2019 está no maior município do país, Altamira (PA).
Em um único evento foram derrubados 4.551 hectares de floresta amazônica.
O Cerrado aparece como o segundo bioma com mais área desmatada:
33,5%, totalizando 408,6 mil ha,
seguido pelo Pantanal com 16,5 mil ha
Mata Atlântica com 10,6 mil ha
Caatinga com 12,1 mil ha
Pampa com 642 ha
Em relação as áreas desmatadas, 12% aplica-se integralmente ou em partes em Unidades de Conservação (UC); 5,9% (3,6% em área) com Terras Indígenas (TI); e 65% (77% em área) com imóveis rurais inseridos no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Do total de 1.453 unidades de conservação registradas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, 226 (16%) tiveram pelo menos um evento de desmatamento em 2019.
O maior número de alertas e área desmatada em Ucs foi na Amazônia, representando 13%, a maior área com desmatamento ocorreu na APA do Triunfo do Xingu e a unidade de conservação com maior número de alertas foi a RESEX Chico Mendes no Acre com 1.197 eventos.
Cerca de 37% das Terras Indígenas(TIs) no Brasil tiveram pelo menos um evento de desmatamento e representam 3,6% da área total desmatada.
Vinte das TIs apresentaram mais de 250 hectares desmatados, elas estão localizadas nos Estados: PA, RO, MA, MT e RR.
A maior área desmatada ocorreu nas TI’s Apytereua (8.939 ha), Cachoeira Seca (8.478 ha) e Ituna-Itata (4.235 ha), todas no estado do Pará.
O relatório aponta que os níveis de irregularidade no Brasil está acima de 99%, apenas 0,5 das áreas estão dentro da legalidade.
Leia mais no Instituto Humanitas Unisinos
Foto: Ascom/Ibama