A Action realizou uma pesquisa de opinião junto à população manauara avaliando a convivência familiar após dois meses de confinamento domiciliar.
Os resultados mostraram uma forte associação entre a avaliação da convivência familiar com as novas atividades na rotina,. Sobretudo desenvolvidas pelos membros durante esses dois meses de isolamento.
O infográfico mostra os principais resultados. A maior parcela da população aderiu total 18,5%, ou parcialmente 54,10% ao confinamento. Por outro lado apenas 18,5% cumpriram integralmente o isolamento. Dessa forma permanecendo todo o tempo em casa.
Além disso, 51% restringiram a saída para atender apenas necessidades básicas e indispensáveis. Por exemplo, como ir a supermercados e drogarias.
Com a mudança da rotina e a intensificação da convivência familiar, novas atividades passaram a fazer parte do cotidiano de mais de 80% dos participantes.
A maioria (22,2%) está ajudando mais intensivamente nas tarefas domésticas nesse período de confinamento. Não somente naquelas tradicionais. Mas como as de limpeza e arrumação, como também noutras, mais prazerosas, como jardinagem e culinária ocasional.
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Ações em família
De acordo com a Action, a pesquisa observou que muitos procuraram estar mais próximos da família (20,6%), realizando atividades em conjunto. Destaca-se também a leitura, o estudo e a oração que foram intensificadas nesse período de quarentena (10,4%).
A pesquisa identificou também que, para 46,6% dos participantes, a convivência familiar melhorou, sendo 11,1% os que dizem ter melhorado muito. A maioria (48,8%) citou que ficou na mesma situação. No entanto, para 8,6%, o relacionamento familiar piorou.
Conforme a empresa, análise mais profunda apontou que as atividades desempenhadas na quarentena têm forte correlação com o sentimento de melhora ou piora no relacionamento familiar.
Para descobrir como essa relação ocorre, portanto, foi usada a análise fatorial (método das correspondências múltiplas), uma técnica estatística muito utilizada para entender a associação entre múltiplas variáveis.
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Comparação das atividades
Desse modo, os resultados do estudo, na figura abaixo, mostram que as pessoas que se encontram mais próximas da família. Além disso procuram realizar atividades mais prazerosas, se saíram melhores no quesito enfrentamento do isolamento domiciliar.
De outro lado, as que focaram principalmente no trabalho ou descanso, notícias televisíveis, internet ou se isolaram em uma vida puramente digital, se saíram piores nesse quesito.
Foto: BNC Amazonas