Lava Jato bloqueia R$ 3,5 bi de réus do grupo de Petrópolis

A denúncia, oferecida em 2019, e aceita em fevereiro de 2020, foi fruto da 62ª fase da Operação Lava Jato

Lava Jato

Mariane Veiga

Publicado em: 08/06/2020 às 10:20 | Atualizado em: 08/06/2020 às 11:59

A 13ª Vara Federal de Curitiba impôs o bloqueio de bens de 7 acusados por crime de lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Operação Lava Jato.

Em desdobramentos da ação de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), foi determinado o bloqueio judicial de R$ 3,5 bilhões dos investigados.

Essa ação envolve executivos e pessoas ligadas ao Grupo Petrópolis por esquema de lavagem de dinheiro em favor da Odebrecht.

Dessa forma, entre os anos de 2006 e 2014, o movimento foi equivalente a R$ 1.104.970.401,16.

Entre os acusados estão: Altair Roberto de Souza Toledo, Márcio Alves do Nascimento, Naede de Almeida, Roberto Luís Ramos Fontes Lopes.

Além de Vanusa Regina Faria, Weder Faria e Wladimir Teles de Oliveira, todos acusados de participar de organização criminosa.

Do mesmo modo, eles são acusados de lavagem de dinheiro, pagamento de valores indevidos decorrentes de desvios na Petrobras, bem como pagamentos travestidos de doações eleitorais.

A denúncia, oferecida em 13 de dezembro de 2019, e aceita em 26 de fevereiro de 2020, foi fruto da 62ª fase da Lava Jato, deflagrada em julho de 2019.

De acordo com o procurador Alexandre Jabur, a acusação se destaca pelo grande volume de recursos movimentados.

“O esquema se esmerara em um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro, envolvendo muitas pessoas agindo juntas, além de operações no exterior por meio de offshores”, disse o procurador.

Uma das estratégias de lavagem de dinheiro se dava com repasses feitos ao grupo Petrópolis diretamente no exterior.

Conforme documentação encaminhada pela Suíça, foram identificadas 38 offshores (empresa que tem a sua contabilidade num país distinto daquele onde exerce a sua atividade).

Todas as 38 offshores tinham contas bancárias no EFG Bank de Lugano e eram controladas pelo grupo até meados de 2018.

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Foto: Reprodução/Agência Brasil