Arthur assume hospital de campanha e considera manutenção pós-pandemia
Hospital possui protocolos testados e definidos, pessoal treinado, equipamentos e 180 leitos, sendo 39 UTIs

Israel Conte
Publicado em: 11/06/2020 às 13:58 | Atualizado em: 11/06/2020 às 14:02
O prefeito Arthur Neto (PSDB) confirmou que a Prefeitura de Manaus vai assumir integralmente o gerenciamento do hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, até que o último paciente internado com novo coronavírus (Covid-19) receba alta.
O grupo Samel e instituto Transire, parceiros da prefeitura desde o primeiro momento da instalação do hospital, cuidam da transição na gestão da unidade.
O hospital tem, aproximadamente, 90 pessoas internadas recebendo o tratamento.
“Sou muito grato à Samel e ao instituto Transire, porque fizemos a diferença nesse período da pandemia, oferecendo o desafogo necessário ao sistema de saúde estadual que estava em colapso. Salvamos vidas, ajudamos a cidade em um momento muito difícil e a prefeitura assume, a partir daqui, até o momento que não sejam mais necessários os serviços do hospital de campanha”, afirmou o prefeito.
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Em quase 60 dias de trabalho, foram mais de 500 altas. O hospital de campanha está, portanto, em total condições de funcionamento, com os protocolos testados e definidos, pessoal treinado, equipamentos e com 180 leitos sendo 39 UTIs, todos equipados com a cápsula Vanessa, de respiração não invasiva.
“No momento mais crítico dessa pandemia, estávamos trabalhando e, graças aos parceiros e trabalhadores da saúde, pudemos contribuir nesse momento difícil”, disse o até então coordenador do hospital, Ricardo Nicolau.
Proposta
O grupo Samel sugeriu ao prefeito de Manaus que mantenha o hospital para cirurgias de baixa e média complexidade, inclusive encaminhando um projeto para o seu funcionamento.
Arthur afirmou que considera a proposta muito boa e que vai avaliá-la, mas levando em conta o que a população pensa e também o contrato existente com o Banco Mundial, que disponibilizou os recursos para a construção de um complexo de educação com escola de ensino infantil e fundamental.
O prédio onde funciona o hospital já estava pronto, a saber, para ser inaugurado e integrado à rede municipal de ensino quando teve início a pandemia.
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Diante da ausência de leitos para receber os pacientes de Covid-19 na cidade, o prefeito decidiu então transformá-lo em um hospital de campanha, com as parcerias da Samel e Transire.
“Foi a nossa forma de ajudar e o amor por Manaus nos moveu. Não era obrigação do prefeito, a minha obrigação era entrar com o Samu, com as UBSs, com a atenção primária. Mas entramos na esfera da média e alta complexidade porque era o que Manaus precisava desesperadamente naquele momento. E eu amo a minha cidade, o meu Estado, a minha região. Fiz o que era necessário e manteremos o hospital até a última alta”, garantiu Virgílio.