Arthur: “Hospital de campanha cumpriu sua missão e voltará a ser escola”
O hospital criado para desafogar o sistema estadual de saúde durante a pandemia do novo coronavírus deixará de atender novos pacientes a partir de hoje

Israel Conte
Publicado em: 15/06/2020 às 07:27 | Atualizado em: 15/06/2020 às 07:28
O Hospital de Campanha Municipal Gilberto Novaes, criado para desafogar o sistema estadual de saúde durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), deixará de atender novos pacientes a partir desta segunda-feira, dia 15.
A estrutura localizada no Lago Azul, zona Norte, voltará a ser escola, conforme planejamento original.
A informação foi confirmada pelo prefeito Arthur Neto (PSDB) na noite deste domingo, 14, embasada na redução de casos da doença na capital.
De acordo com o prefeito, todos os pacientes que ainda se encontram no hospital continuarão recebendo o tratamento normalmente. Atualmente, 46 pacientes seguem internados em tratamento no hospital.
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Logo após a alta médica do último paciente, o hospital de campanha deverá interromper suas atividades. A taxa de ocupação, atualmente, é de 30%, de um total de 180 leitos ativos, entre enfermarias, semi-intensivas e UTI.
“O hospital de campanha cumpriu a sua missão. Fizemos às pressas para socorrer o governo do Estado, sobretudo a população de Manaus, e transformamos uma escola em hospital em tempo recorde, mas está na hora de fechar o hospital e fazer com que retorne ao seu destino de escola”, disse Arthur ao confirmar que o local será usado como centro integrado de educação de alto padrão.
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“Vai ter um mural contando toda a história do hospital e mostrando como saímos da assistência básica de saúde para fazermos o nosso próprio hospital, que deu muitos números positivos. Os livros de história sobre Medicina terão a lembrança do hospital Gilberto Novaes”, completou.
Implantado em quatro dias
Inaugurado no dia 13 de abril, durante o pico de casos de coronavírus em Manaus, o hospital de campanha nasceu de uma parceria entre a Prefeitura de Manaus com a iniciativa privada, por meio do grupo Samel e instituto Transire.
Implantando em apenas quatro dias nos prédios de um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), a unidade possui mais de seis mil metros quadrados.
Na última semana, o hospital passou por uma transição, sendo gerido, a partir de então, integralmente pela prefeitura.
Neste final de semana em que o hospital completou dois meses de funcionamento, 18 pacientes receberam alta médica, sendo 13 neste domingo.
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Mesmo sendo um hospital de campanha provisório, nos últimos dois meses a unidade contou uma estrutura de alta complexidade, funcionando totalmente informatizado com setores primordiais de uma unidade de grande porte.
Esterilização de materiais, controle de infecção hospitalar, engenharia clínica, nutrição clínica e arquivo médico e estatística são algumas das áreas gerenciadas por departamentos próprios implantados no hospital.