AM sofre com lentidão no envio de recursos ao combate à pandemia

O Amazonas, assim como outros estados, receberam, até o momento, 28,8% de R$ 44,2 bilhões para apoio no combate à covid-19.

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 17/06/2020 às 15:56 | Atualizado em: 17/06/2020 às 21:12

Dos 44,2 bilhões liberados para o Ministério da Saúde implementar ações emergencial de combate à pandemia do coronavírus, os estados e municípios brasileiros só receberam até a última sexta-feira, dia 12, R$ 12,7 bilhões ou 28,8% do montante disponível.

Os números foram levantados pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.

Essa lentidão no repasse de recursos prejudica estados como o Amazonas, um dos mais atingidos pela pandemia.

Do total liberado até a última quarta-feira, dia 10, segundo boletim do próprio ministério, o estado recebeu R$ 763,12 milhões (5,98%).

Vale ressaltar que a liberação a conta gotas das parcelas acontece após 130 dias desde que houve o reconhecimento legal da pandemia (Lei nº13.979).

A lentidão dos repasses do Ministério da Saúde chama atenção por ser justamente a pasta responsável pelas ações diretas de combate à pandemia.

Para se ter ideia, dos R$ 404,2 bilhões autorizados pelo Congresso para os gastos de mitigação dos efeitos da pandemia, o governo de Jair Bolsonaro só gastou R$ 156,8 bilhões ou 39% do dos recursos disponíveis.

Para gastar com o auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais, desempregados e famílias de baixa renda, foram autorizados R$ 152,6 bilhões, dos quais o governo já usou a metade (R$ 77 bilhões).

 

Recursos para o Amazonas

Os recursos são usados na compra de EPIs (equipamento de proteção individual) para os profissionais de saúde, de testes de diagnósticos, medicamentos, ventiladores pulmonares e contratação de profissionais.

São quatro fontes autorizadas de repasse como a recomposição dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM); da lei que estabeleceu o programa de combate ao coronavírus e outro do FNS (Fundo Nacional de Saúde).

Confira as tabelas:

BOLETIM SEGOV

 

 

Foto: Vanessa Aquino/Ascom/MS