A empresa Globalweb Outsourcing, fundada pela ex-mulher do advogado Frederick Wassef, Maria Cristina Boner Leo, enviou ontem um ofício contestando a suspeita de tráfico de influência. Esta, portanto, apontada pelo Ministério Público de Contas.
Há indícios de que o estabelecimento, que presta serviços para o Ministério da Educação (MEC). Bem como outros 11 órgãos ligados ao Executivo, tenha recebido, durante pouco mais de um ano de gestão do presidente Jair Bolsonaro, R$ 41,6 milhões.
A quantia seria quase a mesma que amealhou durante os quatro anos da gestão Dilma Rousseff-Michel Temer. Sobretudo quando os repasses teriam sido de cerca de R$ 42 milhões.
Mas, segundo a Globalweb, o valor dos quatro anos de serviço foi de R$ 221 milhões. Portanto, os pagamentos atuais seriam mais baixos.
A representação, assinada pelo subprocurador geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, pede que o Tribunal de Contas da União faça auditoria. Além disso, que seja apontado, dentre outras coisas, “se houve atuação da Sra. Maria Cristina, com a intermediação do Sr. Frederick Wassef, em eventual direcionamento das contratações à Globalweb”.
“O volume de pagamentos à empresa teve aumento considerável durante a gestão Bolsonaro”, sustenta a peça.
Furtado afirma, ainda, que Maria Cristina está impedida de contratar com o poder público. Sobretudo por conta de um processo de improbidade administrativa.
No entanto, a proibição não se estende, à empresa, pois, embora Cristina Boner tenha criado a empresa, o CPF da empresária não consta no quadro de sócios do empreendimento. A Globalweb é chefiada pela filha de Maria Cristina, Bruna Boner.
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Foto: Reprodução
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