O presidente Jair Bolsonaro pretende fazer mais trocas nas vice-lideranças do governo no Congresso e se afastar cada vez mais do núcleo considerado radical do bolsonarismo. As informações são da Folha de S. Paulo.
Nesta quarta (22), o presidente destituiu a deputada Bia Kicis (PSL-DF) do cargo de vice-líder do governo no Congresso.
Desa forma, depois de ela ter votado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tornou permanente o Fundeb e, assim, descumprido a orientação de Bolsonaro.
Conforme auxiliares palacianos, a ideia é trocar outros nomes que não votam tão alinhados ao Planalto.
Do mesmo modo, dos que não defendem o presidente publicamente, e assim ampliar ainda mais o espaço do centrão nessas funções.
Além da visibilidade, os postos de vice-líder são importantes porque constituem a linha de frente da articulação do Planalto com os demais parlamentares.
A publicação da Folha reforça ainda que, diante de um baixo crescimento econômico e da perda de apoio nas redes sociais, Bolsonaro abandonou postura agressiva e tem se afastado de aliados de primeira hora.
A avaliação do presidente, manifestada por assessores palacianos, é que o discurso incisivo de assessores e deputados olavistas, ligados ao escritor Olavo de Carvalho, tem gerado ruídos com o Poder Legislativo.
Apesar de ter se afastado do grupo ideológico, o presidente não pretende romper com ele ou esvaziar radicalmente seu espaço no governo federal.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil