Amazônia teve 73% de área desmatada para garimpo em terras indígenas

Levantamento do Greenpeace mostrou que 55% do território desmatado para o garimpo se concentrou em três áreas protegidas

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Mariane Veiga

Publicado em: 22/08/2020 às 17:39 | Atualizado em: 22/08/2020 às 17:39

De acordo com levantamento do Greenpeace Brasil, em julho deste ano, 73% do desmatamento para garimpo na Amazônia ocorreu em unidades de conservação (UCs) e em terras indígenas (TIs).

O estudo apontou que, durante o mês, foram detectados 2.369 hectares de destruição na região para exploração da atividade.

O Pará concentra 91% dessas áreas, sendo que 70% de todo o desmatamento se concentrou nas cidades Itaituba e Jacareacanga, região do rio Tapajós.

Conforme a organização, os locais são apontados como principais pontos de origem do ouro ilegal.

Ainda considerando todo o desmatamento durante o mês, 55% ocorreu dentro de apenas três áreas.

São elas: a Área de Proteção Ambiental do Tapajós, a Terra Indígena Munduruku e a Terra Indígena Kayapó.

 

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Uma outra análise do Greenpeace já havia alertado para um aumento da exploração da atividade em territórios que deveriam estar sob regime de conservação.

A quantidade de áreas protegidas que foram desmatadas no mês de julho, portanto, é maior do que a soma dos quatro primeiros meses do ano, segundo Carolina Marçal, do Greenpeace.

“De janeiro a junho, 4781 hectares foram destruídos com esse objetivo na Amazônia Legal como um todo. Ou seja, foi destruído no mês de julho metade do que havia sido ao longo de 6 meses”, explica.

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Foto: Agência Brasil