O governo federal lançou nesta terça-feira (25) o programa habitacional Casa Verde e Amarela.
O programa substituirá o Minha Casa Minha Vida (MCMV), criado no governo Lula, em 2009.
Priorizando as Regiões Norte e Nordeste, o novo desenho conta com taxas de juros menores que o projeto original.
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Serão cobrados de 4,25% a 4,5% ao ano e o objetivo é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda.
O financiamento habitacional deve alcançar essa meta até 2024.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é um incremento de 350 mil.
A redução de 0,5% atende famílias com renda de até R$ 2 mil mensais.
Os 0,25% para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil.
No Norte e Nordeste os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS.
Nas demais regiões, a 4,5%.
No MCMV, os juros partiam de 4,75% ao ano.
O programa possibilita que uma parcela mais abrangente de famílias seja beneficiadas, com rendimento de R$ 2,6 mil ao mês.
Nas outras regiões, o valor é de R$ 2 mil.
O limite do valor dos imóveis financiados também foi ampliado.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que a priorização do Norte e Nordeste no programa habitacional Casa Verde e Amarela ocorreu por uma “questão de justiça”.
“Foi muito mais uma questão de justiça, de equidade, de enfrentar os desiguais de forma desigual”, ressaltou.
“Já que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), a faixa de renda e a renda média dessas regiões são bem diferentes”, justificou o ministro.
A diminuição da prestação no Nordeste é para atender mais famílias.
A região tem demanda reprimida em função da dificuldade financeira das famílias.
“Por que o Norte e Nordeste se outras regiões também têm problema de déficit habitacional?”, comentou.
“O que estamos verificando, quando se abre financiamento habitacional no Brasil, normalmente o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste se apropriam do recurso com rapidez muito maior”, explicou.
“Porque as famílias nordestinas possuem uma faixa de renda muito deprimida”, disse ao ser questionado por jornalistas.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil