Prefeito de Manaus fala com ministro da Economia e cobra pagamento

Durante encontro virtual da Frente Nacional de Prefeitos com o ministro Paulo Guedes, Arthur cobrou o pagamento de dívidas do antigo programa, o Minha Casa, Minha Vida

Prefeito de Manaus fala com ministro da Economia e cobra pagamento

Publicado em: 27/08/2020 às 09:29 | Atualizado em: 27/08/2020 às 09:45

No dia seguinte ao lançamento do programa habitacional federal Casa Verde Amarela, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), participou de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Para que seja feito qualquer investimento no programa novo é necessário liquidar as contas velhas, evitar dívidas”, afirmou.

Durante encontro virtual da Frente Nacional de Prefeitos com Guedes, Arthur cobrou o pagamento de dívidas do antigo programa, o Minha Casa, Minha Vida.

“A Caixa atrasa as medições das unidades habitacionais construídas e, consequentemente, o pagamento das obras. Isso faz com que corramos o risco de não entregar os empreendimentos em tempo hábil. Estou terminando o oitavo ano de mandato e o problema que enfrento, certamente não ocorre apenas em Manaus”.

Conforme ele, por meio da adesão ao programa, já entregou quase 1,5 mil apartamentos populares e está em fase final da construção de 500 unidades.

 

Reconhecimento da dívida

Guedes deu razão a Arthur. E alegou que a Caixa enfrenta acúmulo de atividades. Mas, afirmou que trabalha para para solucionar esses problemas.

“A direção da Caixa está ciente e esse problema ocorre porque estamos entupidos de trabalho. Estamos com um enorme desafio de desempenho em função de vários grandes programas ao mesmo tempo, como o FGTS emergencial’, o auxílio emergencial e, agora, o Casa Verde Amarela”.

 

Privatizações

Durante a reunião, Arthur também alertou a Guedes sobre a importância das privatizações de empresas públicas.

“Está na hora de o governo encarar essa questão das privatizações como publicidade, mostrar o valor delas, apresentando as empresas que devem ser extintas, as que devem ser preparadas para privatização e as grandes que necessitam ser vendidas logo, como Eletrobrás e Petrobrás”.

“Ainda existe um pensamento bastante retrógrado, que é contra a privatização, mas as empresas não privatizadas renderam escândalos em todos o país, por isso, o governo precisa mostrar as vantagens e desvantagens de se privatizar”.

Guedes agradeceu a sugestão de Arthur e disse que precisa do apoio do Congresso Nacional, para que as privatizações sigam adiante.

“Temos uma economia muito dirigista, centralizada, que acabou levando à corrupção dentro de uma democracia. A rota de privatizações é desejada, vamos tentar seguir com o apoio do Congresso, que já se mostrou reformista”, finalizou Guedes.

 

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Foto: Ingrid Anne/Semcom