Zambelli matriculou filho em Colégio Militar do DF ‘pela janela’

A autorização para que o menino ingressasse no Colégio Militar foi publicada, em agosto do ano passado, no Boletim de Acesso Restrito do Exército

Zambelli matriculou filho em Colégio Militar do DF 'pela janela'

Diamantino Junior

Publicado em: 31/08/2020 às 18:39 | Atualizado em: 31/08/2020 às 18:41

A juíza Noemi Martins de Oliveira, da 5ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou que o comandante do Exército, general Edson Pujol, e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) sejam citados na Ação Popular que questiona a permissão para que o filho da parlamentar fosse matriculado no Colégio Militar de Brasília sem que tivesse prestado concurso público.

A ação é movida pelo advogado Arthur Oliveira Dias da Silva.

A autorização para que o menino ingressasse no Colégio Militar foi publicada, em agosto do ano passado, no Boletim de Acesso Restrito do Exército.

 

Leia mais

Cloroquina não resolve e Zambelli é internada sem data de alta

Na ação, Dias da Silva afirma que o comandante do Exército utilizou um “subterfúgio questionável para justificar o ingresso obscuro do estudante no Colégio Militar de Brasília.”

Para permitir a matrícula sem concurso foi citado um artigo das Disposições Transitórias do Regulamento dos Colégios Militar.

O artigo, que não trata de matrículas, afirma que casos “considerados especiais poderão ser julgados pelo Comandante do Exército”.

Na ação, o advogado pede que a matrícula do aluno seja cancelada e que os réus, Pujol e Zambelli, sejam condenados a ressarcir os prejuízos causados à União.

No ano passado, a deputada alegou que solicitara a vaga para o filho por conta de ameaças que ambos estavam sofrendo –segundo ela, a escola seria mais segura para o menino.

Nesta segunda, Zambelli disse que “mais de 80% dos alunos” do Colégio Militar entram na instituição sem concurso, “de acordo com o trabalho dos seus pais, que são servidores federais, militares, embaixadores etc…”.

A CNN já encaminhou ao comandante do Exército pedido de resposta sobre a decisão da juíza.

De acordo com o despacho, assinado hoje, eles terão 20 dias para contestar a ação.

 

Leia mais na CNN Brasil

 

Foto: BNC Amazonas