Mourão critica soltura de chefão do PCC feita por Marco Aurélio

A polícia do Estado de São Paulo fez uma operação no domingo (11) em busca de André do Rap, que foi solto por decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello

Mourão

Ferreira Gabriel

Publicado em: 12/10/2020 às 08:00 | Atualizado em: 12/10/2020 às 08:03

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou à CNN a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, de soltar o traficante André Oliveira Macedo, o “André do Rap”.

“Julgo que não está de acordo com o que a sociedade deseja, pois é um marginal de alta periculosidade”, afirmou o general à coluna, por meio de mensagem de texto.

A princípio, essa decisão também repercutiu mal entre militares do governo. Portanto, um ministro-general ouvido pela CNN avaliou como “indesculpável” a demora da Justiça para julgar em definitivo bandidos perigosos.

“O que é indesculpável é a demora para julgar e determinar a pena de bandidos com alto grau de periculosidade. Aliás, por que tantas prescrições de processos envolvendo políticos?”, disse esse general à coluna.

André do Rap é considerado pela Justiça um dos principais traficantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora dos presídios paulistas.

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Foragido

A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de nota, que equipes dos departamentos Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de Homicídios e de Proteção  à Pessoa (DHPP) e de Operações Policiais Especiais (DOPE) atuam desde sábado para localizar o criminoso.

No entanto, não poderia passar detalhes, “pois o trabalho de investigação demanda sigilo nas apurações.”

O promotor Lincoln Gakiya, responsável por diversas investigações contra o PCC, disse que as autoridades suspeitam da fuga de André do Rap para o exterior. Ele poderia estar na Bolívia ou Paraguai, mas não há mais informações até o momento.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

 

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