Por toda a Europa, países vêm intensificando suas medidas de isolamento social para fazer frente à segunda onda de coronavírus (covid-19).
Essas medidas impõem toques de recolher em uma tentativa de evitar quarentenas totais e seus duros impactos para a economia.
Diante da aproximação do inverno, o continente registrou na semana passada mais de 1,3 milhão de novos casos, o maior número desde que a pandemia começou.
De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Europa, o número de novas infecções na União Europeia (UE) cresce desde o fim de julho, entretanto se acentuou drasticamente em outubro.
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Dessa forma, no primeiro dia do mês, o bloco registrou 44 mil novos casos de coronavírus. Já na última sexta (23), foram mais de 163 mil.
França e Espanha, os dois países europeus mais afetados por esta nova onda, ultrapassaram nos últimos dias 1 milhão de casos acumulados cada uma, número até então atingido apenas por Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia e Argentina.
Após uma estabilidade relativa entre junho e setembro, as mortes diárias voltaram a aumentar nas últimas semanas, chegando a 1.216 na sexta.
Ainda são, no entanto, uma fração dos mais de 4 mil óbitos diários que o bloco chegou a registrar em abril, uma consequência dos avanços no tratamento da doença.
Ainda assim, a alta recente levanta preocupações sobre a capacidade dos sistemas hospitalares, que começam a dar sinais de sobrecarga.
Se os confinamentos foram essenciais no início do ano, seus draconianos impactos financeiros custaram caro, mergulhando a UE em sua pior crise econômica desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Do mesmo modo, temem-se os impactos de uma nova paralisação às vésperas do fim de ano, temporada importantíssima para o comércio e o setor de serviços. Diante disso, recorre-se a medidas alternativas.
“Ainda temos a expectativa de que os países não precisem recorrer às chamadas quarentenas nacionais, que eles serão capazes de usar outros instrumentos à disposição”, disse Maria Van Kerkhove, chefe da área técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Foto: REUTERS / Brendan Mcdermid