Marcelo Ramos está fora do radar da sucessão à presidência da Câmara

Em uma semana, o cenário mudou. Entenda

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 19/11/2020 às 08:13 | Atualizado em: 19/11/2020 às 10:07

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sempre tem citado o nome do deputado amazonense Marcelo Ramos (PL) como um dos possíveis candidatos à sua sucessão naquela Casa.

O cenário mudou. Ao menos em duas ocasiões, o presidente da Câmara tem convocado reunião para debater o assunto e, entre os possíveis candidatos a sucedê-lo, não consta o nome do deputado Ramos.

Foi assim na quarta-feira, dia 11, da semana passada, em São Paulo, quando convocou para um encontro Luciano Bivar (PSL-PE), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP), apontados como candidatos à sua sucessão no comando da Casa.

Na ocasião, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, falou ao Congresso Em Foco sobre a reunião: “Tanto eu como Aguinaldo e Baleia estamos procurando junto com Maia um candidato que tenha o perfil de tornar a Câmara independente.”

 

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Segundo Luciano Bivar, depois de definir o candidato a presidente da Casa, a prioridade será definir quais partidos ficarão com as secretarias e vice-presidências.

“É isso que Maia está discutindo conosco, que candidato teremos que aglutinar força para fazer a mesa da Câmara, isso é o que nós pretendemos definir o mais rápido possível”, afirmou.

Na tarde desta quarta-feira, dia 18, Maia voltou a convocar os principais aliados para discutir a sucessão na Casa e, novamente, na lista dos convidados não estava o nome do amazonense.

 

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Os pré-candidatos convidados foram Aguinaldo Ribeiro, Baleia Rossi, Marcos Pereira (Republicanos) e Luciano Bivar. A reunião estava dependendo da confirmação do teste para covid-19 de Baleia Rossi.

O BNC Amazonas questionou Marcelo Ramos sobre essa movimentação e se ele não havia sido convidado para os encontros, mas até o fechamento dessa matéria o parlamentar não retornou.

 

Centrão bolsonarista

A explicação mais lógica para o distanciamento de Ramos desse núcleo de articulação é que ele faz parte de um partido que compõe o chamado centrão bolsonarista (PL, PP, Solidariedade).

Apesar de marca posição sempre contrária ao presidente Bolsonaro, o deputado deve ter saído do jogo por falta de espaço.

No centrão bolsonarista, o candidato é Arthur Lira (PP-AL), que deve rivalizar com o aliado de Maia na corrida pela presidência da Câmara.

 

Foto: Agência Câmara