Senador, de olho em 2022, prega renovação no PT e fim da era Lula

“A gente não pode ficar refém. Eu sou amigo irmão do Lula, mas vou ficar refém dele a vida inteira? Não faz sentido.", falou o baiano Jaques Wagner.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 01/12/2020 às 17:23 | Atualizado em: 01/12/2020 às 17:37

O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu uma “mudança geracional” e “de conteúdo” no PT e deu um “chega pra lá” no ex-presidente Lula. Entretanto, colocou-se como opção de candidato para concorrer em 2022.

Ele vislumbra, todavia, voltar a ser governador da Bahia e até mesmo ser presidente do Brasil.

Em seguida, descartou Lula. “Eu sou amigo irmão do Lula, mas vou ficar refém dele a vida inteira? Não faz sentido”.

“Meu nome está posto tanto na cena nacional como na cena estadual. Eu tenho responsabilidade”. Essa declaração dele foi dada em entrevista, ontem (30), para a rádio Metrópole, da Bahia.

“Para 2022, eu acho que tem que esperar um pouco essa cena ir se arrumando, mas meu nome está colocado”, insistiu. 

Um internauta do UOL, por sua vez, identificado como Falcon, reagiu ao senador baiano. “Ohhh querido, vai fazer outra coisa na vida, tem tantas outras carreiras”. E o comentarista não parou. 

“Mas voces políticos vivem em função das mordomias e altos salários da vida pública, política, jamais por amor a pátria”.

 

Renovação 

O ex-governador da Bahia (2007-2015), entretanto, está animado com as candidaturas jovens a prefeituras por todo o país no campo da esquerda. Por isso defende, contudo, a renovação no PT, abrindo mais espaço para a juventude no partido.

“Na minha opinião, o que o PT deve fazer é isso: uma mudança de conteúdo, quer dizer, para atualizar seu conteúdo” E completou: “Uma mudança geracional, botando gente mais nova”.

Nessa direção, o petista foi mais a fundo: “Nada contra a gente (mais velhos), porque ainda desempenhamos muita coisa boa, mas é preciso trazer a outra geração para ocupar espaço”.

Ainda falando sobre a necessidade de uma mudança geracional dentro do Partido dos Trabalhadores, o senador baiano chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “amigo irmão”, mas disse que o partido deve ser mais independente de seu líder.  

“A gente não pode ficar refém. Eu sou amigo irmão do Lula, mas vou ficar refém dele a vida inteira? Não faz sentido. É a minha opinião sincera e parabéns aos jovens que participaram [das eleições municipais] e ganharam”. 

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado