Estudo aponta que coronavírus pode envelhecer cérebro em dez anos

De acordo com o estudo realizado no Reino Unido, o declínio mental seria equivalente a 10 anos de envelhecimento do cérebro

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Mariane Veiga

Publicado em: 21/12/2020 às 09:04 | Atualizado em: 21/12/2020 às 20:03

Pessoas que estiveram em estado grave por causa do coronavírus (covid-19) e se recuperaram podem ter tido impactos significativos na função cerebral.

De acordo com o estudo realizado pelo Imperial College, do Reino Unido, o declínio mental seria equivalente a 10 anos de envelhecimento do cérebro.

Conforme publicou o Poder360, cientistas analisaram 84.285 pessoas.  Dessa maneira, aqueles que se recuperaram da doença apresentaram déficits cognitivos por causa do impacto do vírus na estrutura do órgão.

“Há evidências de que o COVID-19 pode causar alterações de saúde a longo prazo após sintomas agudos, denominados COVID longo. Nossas análises (…) alinham-se à visão de que há consequências cognitivas crônicas de ter COVID-19“, afirmam os pesquisadores.

 

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No entanto, os que se recuperaram da covid-19 continuaram tendo desempenho pior em testes que medem a capacidade do cérebro de executar tarefas.

Desse modo, como lembrar palavras ou juntar pontos em um quebra-cabeça, método amplamente usado em estudos de pessoas com Alzheimer e outras deficiências mentais, permanentes ou temporárias.

“Esse déficit é dimensionado com gravidade dos sintomas e é evidente entre aqueles sem tratamento hospitalar“, diz a pesquisa.

“Os piores casos mostraram impactos equivalentes ao declínio médio de 10 anos no desempenho global entre as idades de 20 a 70”, afirmam os pesquisadores.

Entretanto, o estudo ainda não foi submetido à avaliação da comunidade científica e há questionamentos sobre o método de avaliação.

Da mesma forma, a pesquisa também não chegou a conclusões sobre a prevalência de problemas cognitivos nos pacientes.

 

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Foto: Divulgação/Secom