O músico Davi Moraes mal tinha digerido a morte do pai, Moraes Moreira, em abril, quando perdeu também a mãe, Marília Mattos. Foi então que descobriu no violão o melhor parceiro para curtir a dor do luto prolongado.
Conforme o artista, o violão fez companhia na gravação de música inédita, composta pelo pai.
“A gente vai ficando amigo da saudade”, disse, ao dedicar o trabalho à memória de Moraes Moreira.
Segundo ele, o violão é o remédio para curar a tristeza.
Muito querida no meio artístico, Marília partiu sete meses após o ex-companheiro. E, tudo indica, pelo mesmo motivo: o coração parou de bater.
Foi Davi quem a encontrou em casa, após o chamado do porteiro, preocupado porque ela não respondia ao interfone.
Desta vez, ele ainda teve a missão de comunicar à irmã, Cecília, que tinha sido a porta-voz da tragédia anterior.
“Meu pais tinham forte conexão, eram muito ligados, só não moravam mais juntos. Mesmo quando discutiam era engraçado, um ligava reclamando do outro”.
Dona Cândida
Como se não bastasse, esse ingrato 2020 também levou a avó materna de Davi. Dona Cândida, a Tilinha, perdeu a vida para o coronavírus (covid-19) aos 97 anos.
Era, conforme Davi, uma “super avó, de capa e tudo”. Teve grande importância na educação dos netos, que ficavam com ela quando não acompanhavam os pais nas turnês.
De cara, ela acolheu o cabeludo Moraes, que estava longe de ser a tradução da velha expressão “genro que mamãe pediu a Deus” na época.
Foi ela também quem abrigou a família no momento em que o compositor deixou os Novos Baianos sem um tostão furado para tentar carreira solo.
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Foto: Reprodução/Instagram