Após postergar a compra de seringas para a vacinação contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (06) que o Ministério da Saúde suspendeu a aquisição do material “até que os preços voltem à normalidade”. Sem apresentar detalhes, ele acrescentou que os estados e municípios têm estoques do material para o início da imunização.
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Governo Bolsonaro ‘barra’ exportação de seringas e agulhas
Na semana passada, o Ministério da Saúde fracassou na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a imunização. Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que desejava adquirir.
“Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, escreveu o presidente em uma rede social.
“Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande”.
A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos.
Após o fracasso na primeira tentativa de compra, a pasta informou na última segunda-feira (04) que preparava novos pregões para adquirir os insumos, com previsão de licitações ainda em janeiro, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
O UOL procurou o ministério para esclarecimentos a respeito da declaração do presidente e aguarda retorno.
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil