A pandemia pode colapsar educação brasileira em desigualdade e sofrimento psíquico. O motivo é o acesso à educação, presencial ou à distância, que se torna um dos maiores entraves vividos, neste momento.
Da mesma forma, as consequências desse cenário podem ecoar por anos, ainda mais em um país marcado por desigualdades como o Brasil.
Em entrevista ao Yahoo! , Denise Carreira, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora institucional da Ação Educativa, pediu prioridade na área da educação por parte do poder público nesse momento de crise sanitária.
“Em fevereiro teremos a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece os Orçamentos da União. Na área da educação estamos atuando para que haja um acréscimo de recursos para adequação das escolas aos padrões sanitários de segurança”, conta Denise.
Piso emergencial
Diante desse cenário, a professora defende um “piso emergencial” para educação garantido pelo governo federal.
Além disso, que seja voltado para ações como adequação das escolas aos protocolos, diminuição de alunos por turma.
Tal qual, contratação de mais profissionais da educação, aumento no acesso à internet de banda larga, para auxiliar a parcela de alunos que ainda estudará de casa, entre outras.
Pandemia
A coordenadora da Ação Educativa lembra também que a pandemia realçou problemas como crescimento da fome, falta de perspectiva, desemprego e aumento de violência doméstica.
“Esse sofrimento psíquico crescente permeia todas as classes sociais, mas evidentemente é maior nas mais pobres. É muito importante avançar num programa nacional de apoio psicológico porque o problema é real”, alerta Carreira.
Para Carreira, o governo Bolsonaro precisa democratizar o debate na economia para dar condições de combate às desigualdades que já eram profundas antes da pandemia.
“É necessário pensar que o acesso à educação depende de outras políticas provenientes de áreas como saúde e assistência social”, avalia a professora.
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Foto: Eduardo Cavalcante/Seduc