As mortes de pessoas com até 60 anos mortos por covid no Brasil, em janeiro, teve sua primeira alta em quase um ano de pandemia.
Com isso, embora esse aumento seja discreto, ele acende um alerta para os mais jovens, em geral, fora da faixa etária de maior risco para a doença.
De acordo com o Uol/Folha de São Paulo , na média, 1 a cada 4 mortos pela doença no país tem 60 anos ou menos, embora essa proporção tenha oscilado ao longo do tempo e possa estar relacionada à lotação dos hospitais e ao acesso à saúde.
No total, o país contabiliza quase 250 mil óbitos.
“Existem alguns fatores de risco para a letalidade, a idade é um deles. Quando começa a morrer muito jovem, entendemos que é uma parcela que não precisaria estar morrendo. Isso acontece porque as condições ideais de assistência não estavam disponíveis”, diz Jaques Sztajnbok, médico intensivista e supervisor da UTI do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em São Paulo.
Amazonas
“Em Manaus, vimos gente de 20 anos, 30 anos, morrendo. São pessoas cuja chance de sobrevivência na UTI é maior, mas não foram para UTI, morreram por falta de oxigênio”, afirma Sztajnbok.
O caso mais expressivo é o do Amazonas, onde 40,4% morte de pessoas pela doença em janeiro tinham 60 anos ou menos. Para efeito de comparação, em novembro, mês com menor número de óbitos no estado, a faixa etária respondia por 29,5% das vítimas da covid.
Foto: Chico Batata