PDT aponta Bolsonaro com mente prejudicada e pede interdiĂ§Ă£o
Partido sustenta que as mortes pela covid-19 no PaĂs e as declarações do presidente evidenciam a falta de "discernimento necessĂ¡rio" ou das "capacidades mentais plenas" a Bolsonaro

Publicado em: 08/03/2021 Ă s 13:32 | Atualizado em: 08/03/2021 Ă s 18:08
O PDT apresentou nesta segunda-feira (8) ao procurador-geral da RepĂºblica, Augusto Aras, pedido de interdiĂ§Ă£o do presidente Jair Bolsonaro pela forma que o chefe do Executivo tem conduzido o combate Ă pandemia da covid-19 no PaĂs.
Na representaĂ§Ă£o, o partido sustenta que as mortes pela covid-19 no PaĂs e as declarações do presidente evidenciam a falta de “discernimento necessĂ¡rio” ou das “capacidades mentais plenas” a Bolsonaro.
Para o PDT, nĂ£o Ă© “crĂvel que um Presidente da RepĂºblica atue com a finalidade de conduzir a populaĂ§Ă£o Ă morte, tudo para confortar seus anseios e seu apreço pelo sofrimento, em detrimento da vida humana”, informa.
O pedido avalia como “errĂ¡tica, maledicente e tresloucada” a sĂ©rie de ações do Executivo nacional para conter a disseminaĂ§Ă£o do novo coronavĂrus.
De acordo com o texto, “ressoa inconteste que o Senhor Jair Messias Bolsonaro nĂ£o estĂ¡ – ou nunca esteve – na plenitude das suas faculdades mentais, no que se mostra incapaz de medir as consequĂªncias de suas ações, notadamente quando age de forma renitente em colocar a vida da populaĂ§Ă£o brasileira em risco”.
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TambĂ©m segundo o documento, “Bolsonaro age na contramĂ£o dos atos que uma pessoa em plena saĂºde mental agiria, especificamente porque tem a finalidade deliberada de causar danos Ă populaĂ§Ă£o brasileira, conduzindo o paĂs ao abismo com as suas condutas negacionistas e obscurantistas em detrimento da ciĂªncia”.
A interdiĂ§Ă£o do presidente tambĂ©m Ă© defendida por juristas como Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça e um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ao EstadĂ£o/Broadcast em março do ano passado – inĂcio da pandemia da covid-19 -, Reale afirmou que a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de, por duas vezes, levar a populaĂ§Ă£o Ă s ruas durante era “extremamente grave” e beirava “a configuraĂ§Ă£o de crimes”.
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Foto: Carolina Antunes/PR AgĂªncia Brasil