Parlamentares acionam PGR sobre comida de luxo das Forças Armadas

Partido fez levantamento que apontou gastos do Exército, Marinha e Aeronáutica com 700 mil quilos de picanha e 80 mil cervejas

Parlamentares acionam PGR sobre comida de luxo das Forças Armadas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 18/03/2021 às 11:52 | Atualizado em: 18/03/2021 às 11:53

Parlamentares do PSB apresentaram representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito para apurar gastos com comida de luxo das Forças Armadas.

Ao menos dez deputados querem que a PGR apure a compra de bacalhau, salmão, filé mignon e uísque, itens de luxo que foram bancados com verba pública. Segundo matéria do “Estadão”.

Nesse sentido, em fevereiro, o partido fez levantamento semelhante que apontou gastos do Exército, Marinha e Aeronáutica com 700 mil quilos de picanha e 80 mil cervejas.

Por isso, nesta quarta, 17, o Tribunal de Contas da União (TCU) informou que iria apurar as despesas das Forças Armadas com picanha e cerveja.

Leia mais

Forças Armadas esbanjam comprando toneladas de lombo de bacalhau e uísque

Itens sofisticados

Além disso, os parlamentares do PSB, novamente ‘chama a atenção a compra de itens sofisticados’ pelas Forças Armadas: foram 9,7 mil quilos de filé de bacalhau, 139 mil quilos de lombo de bacalhau, 438 mil quilos de filé de salmão e 1,2 milhão de quilos de filé mignon bovino.

As informações foram colhidas nos dois sistemas disponibilizados pelo Governo Federal para monitoramento de gastos da União.

“Tal situação revela o apreço das Forças Armadas por iguarias especiais de alto custo. Aparentemente, em seus cardápios, nossos militares não demonstram o ‘patriotismo romântico’ que muitos lhe atribuem”, afirmam os parlamentares.

A representação junto a PGR também  diz que “compra de tamanha quantidade é questionável, pois demonstra a ostentação que a classe mantém no momento em que o País enfrenta uma grave crise sanitária e econômica”.

Leia mais no Estadão.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil